
O coração é um sino
A badalar no meu peito,
Cada batida é destino
Que parece ser perfeito.
O tempo qu'é tod'o tempo
Dura pouco, cada dia
E leva o sentimento
Prá avidez da poesia.
O tempo que não havia
É tempo que nunca houve,
Mas é tempo, todavia...
Foi o tempo que nos coube.
E... que venha o "réveillon"!
O tempo já o anuncia...
Dessa noite d'ilusão,
Vai nascer um outro dia...
E... já chora tod'a gente!
Tud'é mais caro, ó povo!
Andamos pra trás, prá frente...
São presentes d'Ano Novo!
Os Impostos, boa gente,
Fazem bradar todo o povo.
Há quem ria de contente
Dos presentes d'Ano Novo...
O Governo, meus amigos,
Não tem outra solução. (?)
Vamos procurar abrigos,
Pedir a quem nos dê pão!
Modesto