sábado, 29 de dezembro de 2018

O CRISTO DE HOJE É O POBRE




















Todos os dias bate à minha porta,
Aceita a esmola que lhe dou - qu' é nada!
O passo vacilante, a sombra torta
E lá se vai, rastejando na calçada...

E é a miséria que o conforta,
Com sol a prumo ou chuva regelada
Vergado ao peso d' existência torta,
Mendiga sempre palmilhando estrada!

Hoje, aquecia minhas mãos ao lume,
Quando ele veio, como de costume,
Fixando em mim seu olhar penetrante.

E, ao dar-lhe esmola, qu' ele não reclama,
Mais uma vez, senti a face em chama,
Pois deixou a minha alma radiante!

Modesto

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

NOITE DE CONSOADA















Jesus bateu à porta, vou abrir:
Minha casa ficou cheia de luz!
Jesus só pode vir por bom convir...
Vou abrir a porta ao Bom Jesus!

Pôs rosas a florir no coração,
Alegria profunda no olhar,
Redimiu-me com fé, peço perdão...
Mas Jesus tem outros pra visitar!

Eu, com os Anjos, louvo-O cantando,
Trombetas e clarins ouço soando:
O céu vestiu um manto de carmim!

A terra despertou engalanada
Prá ceia de natal - a consoada
Com Jesus que nasceu pra vir a mim!

Modesto

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

AMIZADE NATALÍCIA



















É tempo de natal... Estrelas reluzentes
Salpicam o céu - o infinito luzeiro!
Na sala, sob a árvore, 'stão os presentes,
Luzes a piscar, iluminam o pinheiro...

Só reflito em factos velhos, recentes,
Nos ganhos e perdas, dest' ano no final,
Nos muito queridos amigos, nos parentes
Que estão ausentes na quadra do natal.

E penso muito em ti, amigo ausente,
No que gostaria de receber e dar,
No teu grande carinho, generosidade...

Penso n´amizade, franqueza no olhar!...
Hoje só queria ter o maior presente:
O penhor da tua tão doce amizade!

Modesto


segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

LUA DE DEZEMBRO


















Ainda me lembro da prata da lua,
Luz brilhante feita jóia de ciganos
A guiar-me - sombras claras pela rua...
Só eu sei, quantos planos todos os anos!

O mar reluz - qual espelhos - deusa nua,
Ondas longas a levar meus verdes anos!
Ah lua, raio no céu em pele... nua...
Só eu sei quantos planos todos os anos!

És esfera acesa nas noites belas,
Qual mancha branca num manto de estrelas,
Então, envolvida em nuvens de seda...

Peito aberto, em meados de Dezembro,
Só eu sei! E vós lembrais-vos? Eu me lembro
D' areia ao vento, no chão de' alameda!

Modesto

sábado, 15 de dezembro de 2018

DEZEMBRO MÁGICO



















O Dezembro é de festa,
Com frio e alegria.
Pró fim d' ano pouco resta...
Temos Deus por companhia!

É mais um ano completo
D' alegrias e tristezas...
Teve sonhos... Foi repleto,
Realizações, belezas...

Dezembro é reflexão!
Houve abraços e beijos
De carinho e paixão
A realizar desejos.

Dezembro, b'leza Divina,
Natureza sorridente,
Cantos de baixo a cima
Pra alegrar tod' a gente.

Dezembro, mês d' alegria!
Mãos unidas par' o bem...
Como 'strela de magia:
Nasce Jesus em Belém.

Modesto

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

JÁ VEIO O MESSIAS

















Dois mil anos se passaram
E a vida rebrilhou!
Mas poucos acreditaram
Qu' o Messias já chegou!

Deus passou muitos milénios
A preparar Seu jardim,
Para qu' os Santos terrenos
Regassem o Seu Jasmim...

Que já nasceu sob a Luz,
Que aceitou Sua Cruz
Com lágrimas de Jesus...

E o Rei da Criação
Entregou-nos a Missão
Na Sua Crucifixão.

Modesto

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

RAIO DE ESPERANÇA















Um Raio já partiu do Oriente
Pra iluminar corações e sonhos:
Muda destino de toda agente,
Restaurando a vida e os sonhos.

Todos os olhos abertos O viram
O Raio que chegou ao Ocidente!
Foram poucos os que o conseguiram,
Mas Ele trouxe a Nova Semente!

Sim - desde a vida original
E aquela Vida Celestial
Veio nascer no Seio Virginal.

Nasceu! Iluminou Novo Jardim!
Ele reinará pra sempre sem fim
E trouxe-nos uma paz sem igual!

Modesto

domingo, 2 de dezembro de 2018

MINHA TERRA, MEU BEM
























Ando a cantar-te, minha terra querida
Conforme o que ao meu ser é permitido,
Porquanto eu te considero minha vida
E é o reconhecimento mais sentido.

Queria fazer mais - cantar-te bem melhor,
Cantar-te como mereces, ó mãe querida!
Para dar-te a conhecer, por teu favor,
Ser o teu cantor que valesse nesta lida!

Dizer, bem alto, que te admiro e amo,
Já que longe de ti, eu sempre por ti chamo
Num anseio de voltar, pois vives em mim!

Não exagero, não, dar-te a conhecer,
Pois considero-te, Marco, mãe do meu ser!
É por ti que te cantarei até ao fim.

Modesto



AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...