sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PASSAGEM DE ANO



Novo Ano acontece
Quando começa o ano:
Sempre qu'um dia amanhece,
É tempo pra fazer plano.

É um tempo 'special
Para a vida olhar,
Vivend' um sonho real,
O futuro vislumbrar.

Tomam-se as decisões
Que cada um desejar,
Destinam-se as acções
Pra de novo começar.

São promessas e desejos
Duma página virada,
Voltando aos mesmos beijos
E à mesma caminhada.

Além dum toque d'amor,
'Spera-se sempre chegar
À conquista do calor
Dos abraços, do beijar.

Contentes com feitos seus:
Dominar o universo,
Esquece-se qu'há um Deus
Que nos faz ver o inverso.

Viver bem a vid'humana
É tud'o que se deseja
E do coração emana
A prece: "Que Deus proteja"!

Modesto

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A VIDA




Sabemos que vivemos pela Luz
E intuímos a Sua Vontade.
Ela é mistério que produz
A vida com serena claridade.

É dela que nasc' o Amor no mundo.
Nascemos como Ser fragilizado
Que não s'aventur' ao Amor profundo,
Tornando o mundo desfigurado.

Mas o Amor de Deus é movimento,
Sempre nos obsequeia com um Vento
Que nos faz ressurgir a consciência.

Cad' amanhecer é santificado
Com dádivas do Nosso Bem Amado,
Para conservar a nossa existência.

Modesto

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO




Desejo qu' o ano que' stá pra chegar
Traga sentimentos de SER e não TER,
Que expanda amor, enquanto durar,
Transite na luz sem a paz esquecer.

As lágrimas, neste ano, derramadas
Sirvam pra regar sementes de bondade.
Os sonhos sonhados pelas madrugadas
Gerem altruísmo, generosidade.

Foi pra fazer o BEM que Deus nos criou.
Se cumprirmos o que Ele nos mandou,
Teremos saúde e prosperidade.

Se levarmos a vida com alegria,
O ano nos trará paz e harmonia:
Não haverá pobreza nesta verdade.

Modesto









                                            

AMANHECE










O sol já vai nascendo,
Enchendo tudo de luz,
O colorido apar'cendo
E seus perfumes traduz.

O canto dos passarinhos
Acorda a madrugada.
Os jardins 'stão quietinhos,
Absorvendo a orvalhada.

No meio desta beleza
Ver o sol a despertar...
Renova-s'a Natureza,
Recria-se sem parar.

Que despertar d´alegria
 Eu observo da janela!...
'Stá despertando o dia,
Já só vejo uma 'strela.

E a vida segue assim
Cada dia renovada,
No meu lar, no meu jardim,
Tenho vida sossegada.

Modesto
                  

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

UM AMANHECER DE POESIA

Vai surgindo o dia com luz tamanha
Em claridade, empurrando a bruma
Que cobria os vales e a montanha...
Já não se avista estrela alguma.

Vai fugindo a noite com o seu manto,
Deixando abrir as flores sonolentas.
Os pássaros vão afinando seu canto.
As gotas d'orvalho ficam tremulentas.

A lua, num gesto d'orgulhoso brio,
Cede lugar ao sol que vai nascer
E repelir o arrepiante frio.

O mundo acorda, a vida recomeça.
Eu deixo a poesia acontecer,
Neste belo amanhecer com promessa.

Modesto

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CAMINHO À CHUVA

Caminhando à chuva, apanhei água
E com esta chuva lavei o meu corpo:
Encontro-me numa piscina de mágoa,
Onde vivo como s'estivesse morto.

São as mágoas que a vida nos trás,
Mágoas que não rejeito mas afágo-as...
Eu queria ser feliz, viver em paz,
Mas o meu caminho está cheio d'águas.

São águas onde meu amor navega
E é nelas que sinto algum conforto,
Mas vivo como se estivesse morto.

Tenho meu coração cheio de entrega
E só quero viver com felicidade,
Mas meu caminho à chuva é saudade.

Modesto

A VIDA NUM LIVRO

Se a minha vida fosse um livro
De páginas brancas, imaculadas,
Se as letras dissessem como eu vibro
Seriam certamente devoradas.

Quantas histórias se tem na vida,
Quantas letras de lágrimas choradas
E quanta alegria foi vivida
No amor que são páginas sagradas!

Letras que não s'apagam da memória
Qu'eram início d'outra história,
Se apagaram numa minha mudança...

Meu livro continua a ser escrito.
No final ficará só o espírito...
Se for lembrado, eis minha esp´rança!

Modesto


sábado, 24 de dezembro de 2011

ESPÍRITO DE NATAL

É preciso que os homens compreendam
O verdadeiro sentido do Natal.
É preciso que os homens aprendam
Deste Nascimento o sentido real:
Se todos amassem com igualdade
E partilhassem amor e caridade,
O mundo não era tão desigual.

O Natal é acordar em cada dia
Com vontade de fazer gesto d'amor.
É doar-se aos outros com alegria,
Sentir as lágrimas do irmão com dor,
Ser para ele o sol que o aquece,
Levar calor ao irmão que adormece
Sem tecto, sem cama e sem cobertor.

Natal é quando se vive plenamente
Unido e em comunhão com Jesus,
Acompanhar o irmão qu'é dependente,
Ajudá-lo a carregar sua cruz,
Ser luz que alumia seu caminho,
Ser voz que suaviza com carinho...
É o verdadeiro Natal de Jesus.

Modesto

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

NASCEU JESUS

O mundo transformou-se de repente,
Quando do nascimento de Jesus,
Uma estrela apareceu tão fulgente,
Estrela brilhante, enorme luz!

Em Belém, Judá, nasceu o Menino,
Exsurge o Amor e a Compaixão!
É tão belo o Esplendor Divino
E traz paz e amor ao coração!

Cantam os Anjos com seu refulgir,
Balem as ovilhinhas delicadas,
Cordeiros saltam para seduzir
Os Pastores que já vão plas estradas.

Os Magos trazem jóias fulgurantes,
Orientados pela Estrela-Luz.
O mundo nunca mais é como antes,
Pois na manjedoura nasceu Jesus!

Modesto

domingo, 18 de dezembro de 2011

NADA MAIS IMPORTA

Olhei nos teus olhos e vi amor,
Toquei no teu rosto, senti paixão,
Beijei teus lábios, eras a flor
Do belo jardim qu'é teu coração.

Nasceu o cravo, o lírio também,
Cantaram as aves em melodia
No roseiral do Jardim do Edem,
A Natureza brindou à alegria.

Mudou nossa vida de tal maneira,
Culminou amor junto à lareira
Com harmonia e vida honrosa.

Já demos graças por esses momentos,
Entregámos a Deus nossos rebentos...
Continuamos a vida amorosa.

Modesto

sábado, 17 de dezembro de 2011

AS ROSAS NAS MINHAS MÃOS

As rosas nas minhas mãos floresceram,
Seus espinhos me beijaram por elas,
Rosas lindas entre os dedos cresceram,
Ficaram tão belas como estrelas.

Vou pelo jardim olhand'o encanto
Das rosas a estremecer ao vento,
Alterno meu sorriso com o canto,
Contemplo tão grande encantamento.

Minhas mãos alinham a sua forma,
Tenho a realidade por norma
E as rosas me pagam com fragrância.

Enquanto as rosas nas minhas mãos crescem,
Rosas belas entre os dedos florescem,
Vou louvando a Deus pela abundância.

Modesto

VOLTA, SENHOR!

Quando não consigo ouvir-Te, Senhor
E parece que já não pode chegar até Ti o meu clamor,
É como se as nuvens escondessem o sol,
Num mar tenebroso e sem farol,
Ou num campo onde não abre o girassol.
Então lembro-me que não me podes esquecer
E, mesmo que eu não consiga ver,
Sei que estás sempre a meu favor.
Lembras-Te, Senhor?
Juraste-me o Teu Amor
E nada pode mudar
O que por mim continuas a sentir,
Mesmo que me torne pecador,
Estás sempre pronto a perdoar,
Com Teu Sangue redimir
A minha vida de torpor
E a mostrar-me a Tua forma de amar.
Volta uma vez mais!
Mostra ao mundo os Teus sinais!
Então ficarão a saber
Que continuas a ser Criador
E a revelar o Teu Amor
E todos poderão compreender
Que és do povo o Salvador!

Modesto

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

SONHO REAL

Eu que sonhei em voz alta
Mil formas de t'alcançar,
Tu andavas na ribalta
Não te podia chegar.

Para chegar até ti,
Desci à realidade:
Não foi fantasma que vi,
Mas sim a minha vontade.

Tinha que te conquistar,
Com um golpe de vontade!
Pus o sonho a ganhar
A vida com acuidade.

Mil ilusões vi voar!
Tu eras luz, eu a vela,
O meu sonho foi buscar
A mais bonita estrela.

Nuvens de obscuridade
Enchiam a minha vida...
Eras da minha idade,
Mas eu não via saída.

Fui tua paz perturbar,
Em sonho realidade:
Só te pedi um olhar,
Pra me dar felicidade.

Senti bem o teu suspiro
De amor a despertar
E os dois achámos giro
Sentir lábios a beijar.

Modesto

OS NOSSOS AMORES

Por entre as sombras que acariciam
Com seus suaves contornos o luar,
Pouco a pouco as estrelas anunciam
Uma noite linda que nos faz amar.

Os segredos da nossa vida amena,
Entre a bruma de límpidos cristais
Suavizados com doçura serena,
São os singelos costumes ancestrais.

Vamos levando a vida encantada,
Entre os verdes vales e as montanhas
E com a terna lua enamorada,

Amando ternamente como tesouro
Os amores que saíram das entranhas,
Pelos beijos amorosos junto ao Douro.

Modesto

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

VEM DEPRESSA, SENHOR

Antes qu'o sol adormeça
E descanse seu ardor,
Antes qu'o homem esqueça
A bondade e o amor,

Vem dar luz aos corações,
Enchê-los, inebriá-los,
Libertá-los das paixões,
De Vós, portador, torná-los.

Vem, ó Fogo que ateia,
Faz do mundo um braseiro.
Vem e tudo incendeia,
No Teu Amor Verdadeiro.

Faz, d'humano coração,
Um coração de criança,
Do velho, consolação,
Do jovem, a esperança.

Vem construir, no presente,
Vida de paz e amor.
Sem rumo anda a gente...
Vem, Divino Salvador.

Modesto

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

NOSTALGIA DO NATAL

Repicam os sinos alegremente:
É Natal! Tudo é sonho e magia!
O Menino nasceu, está presente!
Tudo se veste da cor d'alegria!

Há sorrisos nas crianças sedentas
Dos presentes qu'o Menino oferece!
As achas, na lareira, barulhentas
Crepitam: Tod'o ambiente aquece!

Também há sonhos com muita saudade
Dos que fizeram o mesmo caminho.
Família! Era felicidade:
Todos partilhavam o seu carinho!

A árvore de Natal é mais triste,
Outrora repleta de alegria:
Quem a enfeitava já não existe!
Hoje há tristeza e nostalgia.

O Natal também dá pra reflectir
Na Mãe qu'é saudade eternizada.
Ela está aqui: faz-se sentir
Nas estrelas, luzes e consoada.

Nesta noite, as luzes se transformam
Em preces de piedosas lembranças...
Parece que o Pai e a Mãe retornam
Nos sorrisos alegres das crianças!

Modesto

HOMENS, É NATAL!

É Natal! Jesus Nasceu!
Homens, não quereis ouvir?
Eh! O homem esqueceu,
Tem medo de s'aturdir!

Ele 'inda não percebeu
E nem prestou atenção
Que o Menino nasceu
Par'abrir seu coração.

Jesus, Justiça, Amor,
Abre su' inteligência:
Há gente a viver na dor,
Homem perdeu consciência!

O Natal é pra ajudar
A entender o amor
E do coração brotar
O Homem e seu valor!

De mãos dadas pela vida
E com amor construir
Uma vida bem erguida,
Sem n'egoísmo cair.

Abre olhos e ouvidos,
Vê, 'scuta: Jesus nasceu!
Dá aos pobres os abrigos
Qu'a cobiça te rendeu!

Modesto

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

JARDIM POETA

Tenh'um jardim qu'é poeta,
Colorido pelas flores.
Borboletas do planeta,
Fazem dele seus amores.

Um'andorinha passou
Por lá e chamou por mim.
Um melro assobiou:
Oh! Mas que belo jardim!

Namoro à luz do dia,
Enquanto flores vicejam.
Pintassilgo pousa e pia,
Suas amadas versejam.

Etérea subtileza,
Nobre sensualidade:
Juntos amor e beleza,
Perfeita realidade!

Dentr'as flores, uma flor,
Única no meu jardim,
Escreve versos d'amor...
Diz que são feitos por mim!

Modesto

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

POEMA FLORIDO

Quero muitas flores no meu jardim,
Alicerces firmes do meu viver,
Sejam poemas a florir por mim,
Lindas palavras tornadas querer.

Sejam as rosas a levar meus sonhos
Que dêem vida, sorrisos e asas...
Que deixem a terra com tons risonhos,
Levem aroma a todas as casas.

Na florescência fiquem a prumo,
Em cada ciclo queiram renascer,
Se renovem em cada amanhecer.

Quero, nesse espaço, traçar o rumo:
Ir pelo mundo meus sonhos levar,
'Spalhando amor com meu poetar.

Modesto

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O QUE SENTE O CORAÇÃO

Sentado à 'scrivaninha,
Viajam meus pensamentos...
Sem querer, a pena aninha
E rabisca sentimentos.

São farol da minha alma,
Coração de poesia,
Com seus momentos de calma
A espalhar alegria.

E já não posso calar
O que meu coração sente:
Que tenho de semear,
No mundo boa semente.

Um conselho posso dar
E dou-o com segurança:
Colorir sonhos, amar...
É vida, é esperança!

Modesto

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O NATAL ESTÁ A CHEGAR


O Natal ‘stá a chegar:
Há gente sem esperança,
Há lágrimas a rolar
No rostinho da criança!
Há muita gente faminta,
Há gente que tem fartura!
E haverá quem não sinta
Tanta e tanta amargura?

And’ às avessas o mundo:
Uns com tud’ outros sem nada!
Há falta d’ amor profundo,
Sem justiça legislada.

Há quem vai ao Pai Natal
Comprar caríssimas prendas!
S’o Deus Menino não vale
A quem tem que pagar rendas!...

E o pai que tem em casa
Seus filhinhos a chorar,
Sem emprego e sem brasa
Par’ aquecer o seu lar!

Se eu tivesse destreza
Bem mais qu’ um simples ser,
Repartiria a riqueza:
Ninguém iria sofrer.

Vou pedir ao Bom Jesus
Que traga a igualdade
Ao mundo que pede luz
Para haver fraternidade.

Modesto

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DESTINO

Escrevo como quem toca violino,
Desejando compor uma sinfonia
Que seja para nosso amor um hino,
Cantado em grandes coros d'alegria.

Faço versos que tocam teu coração,
Que te libertam, que te fazem feliz,
Que caminham procurando direcção:
São teu sol da manhã, como sempre quis.

Escrevo pró dia em que partirei,
O destino mostra o que já sei:
Que cantarás no dia em que eu for.

Já que confiança em ti encontrei
E para onde vou também saberei
Que guardas meus poemas com amor.

Modesto

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

FELIZES OS HUMILDES

A vida, o luar... toda a terra
Perdeu sua beleza natural.
Est'é um tempo que tudo emperra:
Em vez do bem procura-se o mal!

Até o nosso mar brada e berra
Para nos chamar à realidade:
Vivemos no mund'em clima de guerra...
Oh! Que Deus tenha de nós piedade!

A Natureza 'stá-s'a degradar...
A humanidade tem qu'enfrentar
Outra educação e mentalidade!

Qu'o Deus Menino abra o coração,
Volt' à Montanha fazer Seu Sermão:
Bem-aventurada a humildade!

Modesto

VIRÃO DIAS MELHORES

Saí para apreciar o luar,
Pensando no que ia encontrar
E vi que havia lindas estrelas,
A lua cheia... E fiquei a vê-las!

Então, cantei uma bela canção
Que falava de paz e união.
E, nas asas do vento, eu voei,
Debaixo das nuvens, eu naveguei!

E vi que havia tanta tristeza
No mundo, onde há tanta beleza...     
Pra lá, enviei um pouco de luz!

Numa bela estrela escrevia,
Mesmo sem saber se conseguiria
Anunciar que vai nascer Jesus!

Modesto

VONTADE DE TE BEIJAR

 Estava no meu quarto A pensar na minha vida... A minha vida sem ti,  Minha querida, percebi O valor do meu amor, Do meu amor por ti. É a ti...