sábado, 31 de maio de 2014

Nª Sª RAINHA DO MUNDO























Avé Maria que contemplas a Trindade,
Em êxtase d' amor foste arrebatada!
E Deus, do céu, viu a tua boa vontade,
Rainha do Mundo, ao céu fost' elevada!

O teu olhar de Mãe é pura transparência
Do Bom Refulgente Sol da Eternidade,
Transmites aos corações a Tua clemência,
A Luz, o Fogo da Divina Caridade!

No seio da Trindade foste mergulhada,
Quando da terra ao céu foste elevada,
Olha p'lo mundo com o teu doce amor!

Ficou sobre a terra o teu coração,
Mãe,Tábua fiel da nossa salvação,
Qu' este mundo encontre o teu Filho-Senhor!

Modesto

sexta-feira, 30 de maio de 2014

FRIO AMANHECER

















Logo qu' o dia começa,
Acaba a noite 'scura.
Com ele vem amargura
Por ver tua cara fria,
Log' ao começar do dia,
Quando a negrura cessa!

Hoje é um dia cinzento!
No horizonte 'inda dorme
O sol seu sono informe
E emerge vagamente,
Pra ver o qu' a gente sente...
Sente-se frio e vento!

Tenh' o coração vazio!
Gosto do nascer do dia,
Mas minh' alma está fria...
É tudo indefinido
E eu sinto-me ferido
Por ver teu rosto tão frio!

Em vão olho par' o céu!
É dentro do coração
Que por ti sinto paixão
E que minha alma sente
Amar-te ardentemente...
E... Com frio, fico eu!

Modesto


quinta-feira, 29 de maio de 2014

FIM DO DIA


















O vento faz silêncio na folhagem,
As árvores deixaram de ser abrigo...
Já é tempo de prosseguir a viagem,
Porqu' o calor já não quer nada comigo.

A sombra, agora, é só a paisagem
Que se aprecia com outro sentido.
O murmúrio ouvido na aragem,
É a voz do entardecer apar'cido.

As estrelas tornam-se a minha luz,
A lua empurra o sol no poente.
Meu coração à tristeza se reduz:
Como o dia, meu amor 'stá ausente!

Os dias são feitos pequenos desejos,
Saudades e silenciosas lembranças...
A felicidade, pequenos lampejos,
De loucuras, de glórias, d' esperanças!

Foi-s' o dia de inúteis agonias,
Dia brilhante, inundado de sol!
Com ele foram as falsas alegrias...
Valeu, só, por este belo arrebol!

Modesto

quarta-feira, 28 de maio de 2014

SEM EMENDA!























Sou um grande sonhador,
A correr atrás da imaginação,
Do desejo, da paixão...
É que vivo neste mundo!
Sinto os problemas de fundo
E... Entrego-me ao Criador!

E deixo o tempo acontecer,
Mesmo que caia em pranto...
Sou tolo? Não direi tanto!
Tenho sonhos pra viver,
Com a esperança de vir a ser
A alegria dum outro ser!

Assim é a minha fantasia:
Procuro flores na noite fria,
Aposto em ser transparente,
Sempre claro e previdente...
Não quero vida vazia!

Não é fácil viver assim...
Sonho que sou jóia rara
Que todos dizem ser cara
E já não sei o que dizer!
Sonhar ser tudo... Não pode ser!
Sou utopia... Enfim!...

Modesto

terça-feira, 27 de maio de 2014

CEREJAS
















Tinha caminho aberto
Pra dedicar um poema
Às cerejas, ali perto,
Duma beleza suprema!

Tonalidades rosadas,
Bem docinhos estes frutos!
Das cerejeiras tratadas
Tiram-se nobres produtos!

Cerejas dão bom licor.
Oh! frutinha saborosa!
É tão bela a vossa cor,
Cerejas deliciosas!

Ah! Cerejas! Ah! Cerejas!
Tendes a cor do batom.
Quando, Menina, me beijas,
Deixas-m' a cor da paixão!

Modesto

segunda-feira, 26 de maio de 2014

SEM ASAS NO ESPAÇO



















Vou pelo espaço em pensamento,
Num dia azul, minh' alma flutua!
Eu vou a voar nos braços do vento,
Para descansar nos braços da lua.

Vou pelas nuvens num alvo veleiro,
Sem destino, com a bússola tonta...
Espaço nubloso, com nevoeiro,
Mas corro o céu de ponta a ponta!

Quebra-s' o barco! Voo como louco!
Não há viv' alma por perto de mim...
Segurança curta e vento pouco,
'Stou perdido: Princípio do fim!

Tudo é fluído... Jardins de 'spuma,
Ilhas de gelo, névoas, cristais,
Palácios de ondas, nuvens, bruma...
Quis voar alto... Fui alto demais!

Modesto

domingo, 25 de maio de 2014

VIVA O SONETO


















Soneto, falam mal de ti os perversos,
Não sabem que dentro de ti só há graça!
Tu és feito com os teu quatorze versos
E eu quero erguer-te a minha taça!

Tens sonhos de amor em ti imersos,
És a expressão sentimental da raça
De poetas que vivem fazendo versos:
Tens em ti dor, amor, saudade e graça!

Teu lirismo é nostálgica tristeza
Com saudade nas tabernas e vielas
Que, na gente portuguesa, alguém verteu!

E, com a nossa guitarra portuguesa,
Gemendo sua saudade às janelas...
Foi dum grand' amor qu' o soneto nasceu!

Modesto

sábado, 24 de maio de 2014

CONTINUA CHOVENDO

















Era um dia de Maio,
Ouvia cantar o gaio...
Dia que não sei qual era.
Mas recordo-me das flores,
Do seu esplendor de cores:
'Inda era Primavera!

Caía chuvinha fina,
Ia molhando a colina,
Encharcando meu lugar!
O sol, às vezes, surgia,
Mas a chuva insistia
E não queria parar!

A paisagem era bela,
Observei-a da janela
E pus-me log' a sonhar:
Se voasse p'las estrelas,
Poderia descrevê-las
E nas nuvens passear!

Veria planetas mil,
Galáxias cor d'anil
E tudo conheceria!...
Acordei meio perdido,
Com o coração dorido...
Afinal, 'inda chovia!...

Modesto

sexta-feira, 23 de maio de 2014

CHUVA DE MAIO
















Hoje é dia de chuva,
Própria da Natureza,
Mas, às vezes, é demais:
Nem sempre é só beleza.
Quando ela cai a mais,
Deixa choro e tristeza.

Se ela for moderada
Como precipitação,
São gotas de água pura,
Antes de cair no chão,
A nossa terra satura
E torna-a lenteirão.

E quando vem controlada,
Cai a todo o momento,
Traz-nos a sua magia,
Rega o pão do sustento
E dá-nos grande alegria,
Aumentando o alimento.

Chuva fria, temporal...
Mas a chuva cai lá fora!
Aqui dentro há calor,
O tempo permite agora,
Um torrencial amor,
Até a chuv' ir embora!

Modesto

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A FESTA DA VIDA
















Como é bonita esta cor do céu,
Maravilhoso entardecer de cobre!
Olhando-o, soube encontrar meu "eu":
Tem má visão!... Mas vou torná-lo nobre!

Nas chamas coloridas do arrebol,
Abrem-se nuvens azuis com grande brio!
Avermelha-se cada vez mais o sol,
Reflectindo belas montanhas no rio!

Vou fazer festa alegre com a vida:
Usar ´strelas pra iluminar a terra,
Pôr no coração uma luz acendida,
Torná-la visível no cimo da serra!

Irei pelas ruas nas noites d' estrelas,
De braços abertos e a face nua,
Procurar mendigos, bater às janelas,
Trazê-los pró campo, par' a luz da lua!

Sei que é alegria de circunstância,
Mas permanece como feixe de luz!
Somos amados por Jesus com constância:
A fé n'Ele suaviza nossa cruz!

Modesto

quarta-feira, 21 de maio de 2014

POESIA NO OLHAR





















Pensei poesia quando olhava,
Perdido, a curva do horizonte.
Crepúsculo colorido andava
Nas nuvens onde o sol se esconde.

Amanhece e o sol faz nascer
Lindas flores de bela raridade
Que a felicidade faz crescer
Já na madrugada, na claridade.

E canta o melro à minha porta,
No arvoredo começ' a canção.
Volta a vida que par'cia morta,
Nasc' o sol qu' aquece o coração.

Encontrei poesia num olhar
De criança que me toux' emoção.
Seus olhos são mundo a explorar,
Caminhos pra chegar ao coração.

Anoiteceu! Não há ninguém na rua.
A 'strela da noite apar'cerá.
No firmamento nasce já a lua
E minha alma saudade terá.

Estou feliz porqu' o amor subsiste.
O horizonte vou 'inda sondar.
A beleza, à tardinha, insiste
Em dar poesia ao meu olhar.

Modesto

terça-feira, 20 de maio de 2014

A LINDA FLOR DO CAMPO























Linda é a flor do campo,
Abre-s' à luz p'la manhã,
Tem a erva como manto
E cheirinho d' hortelã!

Amanhecer é encanto,
Nevoeiro: Pura lã!
Ouve-s' o bonito canto
Das aves, pela manhã.

Uma flor de amieiro,
Silhueta permanente,
Faz sombra ao meu celeiro,
Onde guardo semente.

Flor do campo, quem me dera
Ver-te dar fruto pra sempre!
Tu nutres a Primavera,
Ela que venha, que entre!

Modesto

segunda-feira, 19 de maio de 2014

VIVER O AMOR ANTIGO


















O amor antigo não é uma quimera,
Não é cultivo alheio, mas de presença,
Nada exige, nada pede, tudo 'spera,
Não foi destino vão, mas foi uma sentença.

O amor antigo tem raízes bem fundas
Feitas de sofrimento... também de beleza!
As primeiras mergulham em dores profundas,
As outras alimentam-se da Natureza!

Se, por tod' a parte, o amor desmorona...
Será qu' alguma vez foi amor deslumbrante?
Pois, no amor antigo, o "SIM" funciona
E em cada dia ressurge mais amante!

Ainda é ardente, cheio d' esperança!
Não é triste, não! Ele venceu pela dor!
Fortaleceu-se com a primeira criança,
E... quanto mais velho, maior é o amor!

Diálogo é fonte de renovação:
Crescer, escolher... nunca o outro 'squecer!
Sonhar com consciência e atenção
É trabalho romântico para viver.

Modesto

domingo, 18 de maio de 2014

EU SEI
















Eu sei do destino, do fado da vida,
Sei que há mentira e que há verdade,
Sei que o amor traz mágoa sentida,
Sei das desilusões, da felicidade.

Conheço tristezas e sei de saudade,
Sei de sorrisos, d' alegria sentida,
Vivo por inteiro e não por metade
E volto sempre ao ponto de parida.

Conheço bem o escuro da cidade
E os olhos que trazem luz prometida,
Mas não quero a paixão que assim arde...

Quero o campo: Anseio que m' invade!
Há silêncio, uma sadia vida...
Sei de esperança, ao cair da tarde!

Modesto

sábado, 17 de maio de 2014

HEI-DE VOLTAR!


















Estou longe! Trago no pensamento
Sonhos duma natural poesia:
Corro p'los campos, cabelos ao vento,
Sinto-me carregado d' energia!

Provenho de lugares esquecidos
E andei por campos abandonados
Que trago na retina diluídos
Mistérios: Não foram trabalhados!

Tenho na alma uma esperança:
A voltar a ouvir as lindas vozes
Das raparigas: Canções de criança!

Sonho com os bonitos "cantaréus"
Qu' ouvia nas desfolhadas - Oh! Deus!
Quero viver no campo em bonança!

Modesto

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A VIDA
















Gota d' água transparente
Que brilha, cresce e cai,
Ensin' a vida à gente
Qu' em pouco tempo se vai!

Vida - mistério vão -
Ou é sombra ou é luz...
É um traço d' união
Que lig' o berço à cruz.

A vida é escalada
Pelas paisagens do mundo:
Tanto esforço  pra nada,
porqu' há abismos ao fundo...

Às vezes penso na vida:
Há tanta gent' a correr...
Vida é indefinida:
Vive-se para morrer.

Quando eu já for velhinho,
Já cansado e vencido...
Apoiado num pauzinho,
Lembrarei sonho vivido!

Viver a vida velhinhos
A lembrar o tempo ido...
Sabemos que houve 'spinhos,
Mas valeu tê-lo vivido!

Modesto

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O POEMA NASCE DA ALMA


















Nasce do sonho da vida,
Da rejeição dum amor,
Da dor de alma partida...
Do nascer de uma flor!

Nasce duma emoção
Que tem de ser repartida
Por um outro coração,
Onde quer sentir a vida.

Nasce para encantar,
Com amor em erupção!
É uma forma d' amar
Sem precisar de razão.

Poema nasce da vida
Da alma, pra lá ficar.
Mas ele quer ter saída,
Pra outra alm' encantar!

Modesto

quarta-feira, 14 de maio de 2014

AO CREPÚSCULO, NO DOURO























É mais uma tarde a cair sobre o Douro.
As árvores e as águas estão calmas.
Já não ouço os pássaros nem um besouro,
Já não encontro, por aqui, quaisquer vivalmas.

Para onde foi tudo, na tarde sombria?
Pararam as águas, os barcos sumiram!
Fico a perguntar: " Porque finda o dia?"
Quando sei, há muito, que todos o previram!

As andorinhas já foram para seu ninho.
Os pássaros estão a dormir: É noite!
As rãs coaxam  pelo ar devagarinho...

Nem o vento sopra pelas gentes que passam.
É tudo silêncio... Solidão da noite...
Há apenas e só, sonhos que me enlaçam!

Modesto

terça-feira, 13 de maio de 2014

SÓ, NA NOITE, À BEIRA DOURO


















Era uma formosa noite de luar!
Uma alva neblina se condensara,
Ia colorind' o ar ao evaporar
E cintilantes reflexos de luz quebrara.

Um frio orvalho denso se retratara
Num desvalido colorido pelo ar
E um branco floco de nuvens alvejara
A pequena cascata a desaguar.

Tudo era solidão debaixo do céu
Sem estrelas, sem lua... escuro de breu,
Restou mortiça luz naquel' imensidão.

Eu divagava num campo d' isolamento,
Fantasiava imagens no pensamento,
Ardia em ansiedade e paixão.

Modesto

segunda-feira, 12 de maio de 2014

VISITA MELANCÓLICA


















Fiz notar a beleza do caminho,
Exaltei os encantos da frescura,
Os campos-jardins, entre Douro-Minho,
Os montes são cômoros de verdura.

Ver a paisagem valia poemas,
Vozes, mistérios da melodia,
Fascinadora cor das alfazemas,
Moças qu' encantam pela alegria.

Eram saudades vivas e profundas...
Sentia minha Terra de verdade!
Pelas serras altas, veredas fundas,
Sorrisos de crianças... Ah! Saudade!

Lembrei coisas que julguei esquecidas.
Entusiasmos folgavam e riam!
Aventuras, recordações vividas,
Suspiros que meditação pediam!

Ao entardecer, dói o coração,
Como é triste o findar do dia!
O solen' ocaso cham'  atenção
Par' o crepúsculo de nostalgia!

Modesto

sexta-feira, 9 de maio de 2014

AMOR INTENSO



















Eu queria ter parte na tua emoção,
Queria ter também a tua alegria.
Se eu pudesse entrar no teu coração,
Seria como a rima na poesia.

Já és a minha Fada! Ai se eu pudesse
Concretizar aquilo que em mim flutua!
Se fosse fazer o que mais me apetece,
Voava e fazia-te casa na lua.

És, na minha vida, o mais belo troféu,
Gostaria de morar contigo no céu,
Apanhando estrelas à luz do luar.

Na terra, és a água fresca da mina,
Só pode ser um sonho o que me fascina:
Sabes que, sem ti, não sei viver nem pensar.

Modesto

quinta-feira, 8 de maio de 2014

MÊS DE MAIO NO CAMPO


















Quando eu era catraio,
Aos meus brinquedos juntei
Um ramo do mês de Maio,
Com belas rosas brinquei.

Pelas beiras do caminho
Que tão belas flores tinha,
Delas fiz um bom raminho
Pra dar à minha mãezinha.

No campo há a beleza
Do florir por tod' o lado:
Respira-se natureza,
Fica-se maravilhado.

Corre-se até ao monte
E senta-s' a descansar,
Tira-se água da fonte
Par' a sede saciar.

Vai-se por campos em flor,
Ouvind' o canto do gaio,
Enleva-se com o odor,
No bonito mês de Maio.

Modesto

quarta-feira, 7 de maio de 2014

UM SONETO PARA IR...


















Fazer poemas é dar encanto à vida,
É expressar o sentimento mais velado,
É a emoção em estrofes traduzida,
Deixando o sonho em versos transformado.

É arte de dizer o amor do poeta
Que das mãos da musa, recebeu como dom:
Toca-lh' a alma, conforta, mas inquieta,
Obriga a versejar em suave tom.

Seja o que for que ele vai transmitir,
O seu coração está mesmo a sentir,
Sua alma, em silêncio, 'stá pensando.

Ao escrever os versos vai perpetuando
Seus sonhos de amor sentido, ecoando...
P'los horizontes do mundo, irão seguir!

Modesto

terça-feira, 6 de maio de 2014

INSENSATA DECISÃO




















Pendurámos nossos sonhos
Na corda das ilusões.
Era tempo dos medronhos...
Deixámos os corações!

E pensámos, lá no fundo:
Vamos indo por vielas,
Correremos pelo mundo,
A derreter como velas...

Voltamos! Tinham caído!
Admiração é enorme,
Irreal, má e disforme!

Já tinham envelhecido!
O sol ficou encoberto,
Noss' amor passou aperto!...

Modesto

segunda-feira, 5 de maio de 2014

NAS ASAS DA ILUSÃO


















Fui pelo planetário,
Vi imagens coloridas.
No meio do corolário,
Havia gentes sofridas!

Não sei se foi sentimento
O que me ficou na alma,
Ou se foi ressentimento
Por ver a todos com calma!

Vi um planeta de cores,
Lindas estrelas no céu...
A terra triste... rancores!

Quis viver comodamente
Do qu' a Natureza deu...
Mas vi 'stragar a semente!...

Modesto

domingo, 4 de maio de 2014

MÃE


















A mãe é quem dá carinho,
É essência do amor,
Uma rosa sem espinho,
Sorriso que sara a dor.

Poema de gratidão,
É retrato de bondade.
Mãe é a inspiração,
Guia de humanidade.

É a canção d' embalar,
Qu' 'inda trago na lembrança...
Divina! Faz-me sonhar:
'Inda sou sua criança!

Mãe é luz dos passos meus,
Nos dias de mais escuro!
Jóia rara que deu Deus:
Meu Norte! Porto seguro!

Mãe é d' essência divina,
Como o sol radiante!
De criança m' ilumina:
Sempre me diz: Vai avante!

Modesto

sábado, 3 de maio de 2014

SILÊNCIO DE INSÓNIA



















Fico em silêncio por t' amar,
Com meus sonhos sempre apaixonados,
Nas noites d' insónia e luar,
Os minutos passam sempr' arrastados.

O horizonte veste a saudade:
Contemplando-o, horas breves são.
Estrelas brilham com intensidade...
Os meus sonhos passam a oração.

Uma fonte com seus cantos toados,
O vento traz-me este lindo som,
Faz-me lembrar os bons tempos dourados,
Quando as noites tinham tudo bom.

Neste silêncio, real verdade,
Ouço tua voz que me silencia,
Fico a pensar com ansiedade:
Que bom! Já está a chegar o dia!

Modesto

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O PULSAR DO CORAÇÃO























O meu coração pulsa sempre por alguém.
É assim, porque ama verdadeiramente.
Sei que com amor a vida vai mais além,
Pulsa e vibra ao ritmo de outra mente.

É a linda melodia que lhe dedico,
Com poemas e acordes em sintonia.
Supera a matéria e eu bem fico,
Simples, como essência da alegria.

A vida presente tem um fim iminente
E o amor é um oceano gigante,
Representa sempre um coração batente,
Fluxo de energia, de fonte vibrante.

Cada batida é dedicad' a alguém.
É assim, porque amo verdadeiramente.
É como uma onda que vai e que vem
E meu coração pulsa sempre de contente.

Modesto

quinta-feira, 1 de maio de 2014

DIA DO TRABALHADOR


















Pela vida vai cantando, vai contente
O trabalhador, gritando o seu brado.
E canta, pela vida, o desgraçado,
Ao som tristonho da áspera corrente!

Há quem cante alegre e docemente,
Com a sua pensão em bem mau estado!
O Governo deu-lhe bom e triste fado,
Com pequena reforma que mal se sente!

Eu também sofro as "doces" alegrias!
E, no trabalho, levei a vida dura,
Sem conhecer do fado as tiranias.

Porém, hoje, a vida tem espessura...
Canto para disfarçar as agonias,
Vou vivendo pobre, nesta desventura!

Modesto

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...