sábado, 29 de dezembro de 2018

O CRISTO DE HOJE É O POBRE




















Todos os dias bate à minha porta,
Aceita a esmola que lhe dou - qu' é nada!
O passo vacilante, a sombra torta
E lá se vai, rastejando na calçada...

E é a miséria que o conforta,
Com sol a prumo ou chuva regelada
Vergado ao peso d' existência torta,
Mendiga sempre palmilhando estrada!

Hoje, aquecia minhas mãos ao lume,
Quando ele veio, como de costume,
Fixando em mim seu olhar penetrante.

E, ao dar-lhe esmola, qu' ele não reclama,
Mais uma vez, senti a face em chama,
Pois deixou a minha alma radiante!

Modesto

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

NOITE DE CONSOADA















Jesus bateu à porta, vou abrir:
Minha casa ficou cheia de luz!
Jesus só pode vir por bom convir...
Vou abrir a porta ao Bom Jesus!

Pôs rosas a florir no coração,
Alegria profunda no olhar,
Redimiu-me com fé, peço perdão...
Mas Jesus tem outros pra visitar!

Eu, com os Anjos, louvo-O cantando,
Trombetas e clarins ouço soando:
O céu vestiu um manto de carmim!

A terra despertou engalanada
Prá ceia de natal - a consoada
Com Jesus que nasceu pra vir a mim!

Modesto

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

AMIZADE NATALÍCIA



















É tempo de natal... Estrelas reluzentes
Salpicam o céu - o infinito luzeiro!
Na sala, sob a árvore, 'stão os presentes,
Luzes a piscar, iluminam o pinheiro...

Só reflito em factos velhos, recentes,
Nos ganhos e perdas, dest' ano no final,
Nos muito queridos amigos, nos parentes
Que estão ausentes na quadra do natal.

E penso muito em ti, amigo ausente,
No que gostaria de receber e dar,
No teu grande carinho, generosidade...

Penso n´amizade, franqueza no olhar!...
Hoje só queria ter o maior presente:
O penhor da tua tão doce amizade!

Modesto


segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

LUA DE DEZEMBRO


















Ainda me lembro da prata da lua,
Luz brilhante feita jóia de ciganos
A guiar-me - sombras claras pela rua...
Só eu sei, quantos planos todos os anos!

O mar reluz - qual espelhos - deusa nua,
Ondas longas a levar meus verdes anos!
Ah lua, raio no céu em pele... nua...
Só eu sei quantos planos todos os anos!

És esfera acesa nas noites belas,
Qual mancha branca num manto de estrelas,
Então, envolvida em nuvens de seda...

Peito aberto, em meados de Dezembro,
Só eu sei! E vós lembrais-vos? Eu me lembro
D' areia ao vento, no chão de' alameda!

Modesto

sábado, 15 de dezembro de 2018

DEZEMBRO MÁGICO



















O Dezembro é de festa,
Com frio e alegria.
Pró fim d' ano pouco resta...
Temos Deus por companhia!

É mais um ano completo
D' alegrias e tristezas...
Teve sonhos... Foi repleto,
Realizações, belezas...

Dezembro é reflexão!
Houve abraços e beijos
De carinho e paixão
A realizar desejos.

Dezembro, b'leza Divina,
Natureza sorridente,
Cantos de baixo a cima
Pra alegrar tod' a gente.

Dezembro, mês d' alegria!
Mãos unidas par' o bem...
Como 'strela de magia:
Nasce Jesus em Belém.

Modesto

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

JÁ VEIO O MESSIAS

















Dois mil anos se passaram
E a vida rebrilhou!
Mas poucos acreditaram
Qu' o Messias já chegou!

Deus passou muitos milénios
A preparar Seu jardim,
Para qu' os Santos terrenos
Regassem o Seu Jasmim...

Que já nasceu sob a Luz,
Que aceitou Sua Cruz
Com lágrimas de Jesus...

E o Rei da Criação
Entregou-nos a Missão
Na Sua Crucifixão.

Modesto

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

RAIO DE ESPERANÇA















Um Raio já partiu do Oriente
Pra iluminar corações e sonhos:
Muda destino de toda agente,
Restaurando a vida e os sonhos.

Todos os olhos abertos O viram
O Raio que chegou ao Ocidente!
Foram poucos os que o conseguiram,
Mas Ele trouxe a Nova Semente!

Sim - desde a vida original
E aquela Vida Celestial
Veio nascer no Seio Virginal.

Nasceu! Iluminou Novo Jardim!
Ele reinará pra sempre sem fim
E trouxe-nos uma paz sem igual!

Modesto

domingo, 2 de dezembro de 2018

MINHA TERRA, MEU BEM
























Ando a cantar-te, minha terra querida
Conforme o que ao meu ser é permitido,
Porquanto eu te considero minha vida
E é o reconhecimento mais sentido.

Queria fazer mais - cantar-te bem melhor,
Cantar-te como mereces, ó mãe querida!
Para dar-te a conhecer, por teu favor,
Ser o teu cantor que valesse nesta lida!

Dizer, bem alto, que te admiro e amo,
Já que longe de ti, eu sempre por ti chamo
Num anseio de voltar, pois vives em mim!

Não exagero, não, dar-te a conhecer,
Pois considero-te, Marco, mãe do meu ser!
É por ti que te cantarei até ao fim.

Modesto



sábado, 17 de novembro de 2018

TERRA ENCANTADA

























Sigo teu rasto, na noite que me conduz
De encontro ao Douro e ao firmamento...
Na margem, há silêncio, o céu em cruz
Nestes passos há a dor e o desalento.

É apego tão grande que trago em mim,
Vislumbrando o teu toque, teu suspirar!
É distante o destino, sigo assim,
É o teu som que vive em mim a clamar!

É a voz entoada ecoando vibrante,
Na procura desta terra assim brilhante
Na minh' alma que ao destino é lançada.

Destino que dá sossego ao viajante,
Terra de sonho, imagem alucinante,
Um lugar de início à caminhada!

Modesto

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

LEMBRANÇAS DA MINHA TERRA NATAL

















Minh' alma a trotezito
Percorre tua campinas,
Nas asas do pensamento.
Olhos fixos n' infinito,
Posso ver tua colinas,
Belas paisagens ao vento.

Alegre o meu jardim,
Onde roseiras plantei,
Terra que me viu nascer!
Saudades nascem em mim
Das serras onde andei,
Num eterno florescer.

A reviver minhas glórias,
Em cada mês de Setembro,
Contando minhas histórias,
Com rebanhos a crescer...
E, com orgulho me lembro
Feitos heróicos nascer!

Correndo venço caminhos,
Cumprindo a minha sina,
Comendo o quente pão...
Nas colinas passarinhos
E brincando com resina,
Fazia fogo no chão.

Modesto

domingo, 11 de novembro de 2018

COMO DOIS CISNES


















A vida, manso lag' azul algumas
Vezes, outras vezes mar fremente,
Um lago azul sem ondas nem 'spumas,
Tem sido para nós vida ardente.

Sobre o lago desfizemos brumas
Matinais, logo qu' o sol rompe quente,
Como dois cisnes d' albacentas plumas,
Nós dois vagamos indolentemente.

Um dia, um cisne morre... certo
Quando chegar o momento incerto,
No lago, talvez a água se tisne...

O cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais canta e sozinho nade,
Nem nada ao lado de outro cisne.

Modesto

















quarta-feira, 31 de outubro de 2018

SONETO DE UM POETA TRISTE



















Adormeceu-m' a vida, por não escrever mais!
Questionei tudo: Não sei - sol, vens do céu?
Dias imensos preenchem dores e ais,
Angústia tem vindo habitar meu eu!

Ausência, imperativo da visão,
Os olhos sem a luz, fazem-me tropeçar.
Caem lágrimas e doí-me o coração,
Eu estou ferido, não posso caminhar.

Calmantes lavam alma, animam fé
Que me abraça, anima-me como é
Vida adormecida e sem esperança...

Cambaleando... mas cheguei até aqui..
Pego na caneta, desbravo por ali...
Abraço os sonhos como uma criança!

Modesto

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

PARA A LÍDIA



















Teu rosto, amada minha, é tão perfeito
E tem uma luz tão cálida e divina
Que é lindo vê-lo quando se ilumina,
Como  s´um círio ardesse no teu peito!

E é tão leve o teu corpo de menina,
Assim de amplos quadris e busto estreito
Que dir-se-ia uma jovem dançarina
De pele branca, fina e olhar direito!

O teu nome deveria ser Claridade
Plo modo espontâneo, franco, aberto
Com que encheste de cor meu mundo escuro...

E, mesmo sem olhar à vida nem idade,
Deste-me de colher, num lindo tempo certo,
Os frutos verdes dum grande amor maduro!

Modesto

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

BELEZA OUTONAL

















Quando, à noite plos campos, olho o céu,
A beleza espalhada no universo,
Esses caminhos lácteos, um belo véu...
Deus, o Poeta, compôs o Seu maior verso!

Grande Pintor, numa só cor, num só pincel,
Pintou, nos tons mais belos, raros e diversos!
E, nesta imensidão, qual menestrel,
Fez, num sopro, esses matizes mil, dispersos!

Eu nasci apaixonado pela Natureza
E vi, num momento de lúcida beleza
A Sua Obra Prima, filha natural,

Que nos deixou estampada eternamente
O que nos faz sonhar maravilhosamente
Nessa grandeza silente, neste astral!

Modesto

terça-feira, 2 de outubro de 2018

PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA FILIPA

















Hoje, a família junta.se para te cantar os PARABÉNS!
 Pelo teu primeiro ano de vida, PARABÉNS!
Com o teu indescritível sorriso e olhos tão brilhantes,
Conquistas alegria contagiante!
Ladeada de amor e carinho,
Nesse tão belo cantinho,
Sente-se que és o ser mais importante!
És o centro de todas as atenções!!!
Esse jeito só teu de brincar,
Encantas com teu inocente olhar
Curioso e cheio de verdade
E refulgente beldade!
És, para nós um presente de Deus,
Sempre cercada de mimos redobrados!
Nasceste no dia do Anjo da Guarda
Que veio dos céus!
Que Deus te abençoe na saúde e na vida,
Com teu sorriso, continues a ser viva
E recebas de presente
As bênçãos de Deus em cada dia da tua vida!

Do Avô Modesto

sábado, 29 de setembro de 2018

O BELO OUTONO






















Outono chega a dar pinceladas
Nos dias quentes, mas já coloridos!
Ficam mais amenas as madrugadas,
Amanhecer quieto sem ruídos!

Bem, as folhas caem amareladas,
Ramos a ficarem desprotegidos!
Há tapetes a cobrir as calçadas,
Os jardins e flores esmorecidos!

E novos tons adquirem as paisagens,
Retocam-s' as pinturas das imagens,
À espera do Inverno, chegando...

Geada branca a embelezar
O frio que põe tudo a arfar:
Deixa lagos e campos congelando!

Modesto

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

É OUTONO !...



















Trago forte sentimento no peito,
Pronúncio de frio - mas há calor!
Caem folhas formando doce leito,
Coração bate, temendo a dor!

Às vezes, corpos e almas se fundem
Em dança plena de amor-orgia!
Olhos ternos, inútil, se escondem
Convictos do adeus ao fim do dia!

O Outono prossegue na memória
E com quadros formados na história...
É Estação do renascer dos sonhos!

E há um bonito querer tamanho,
Capaz d' arriscar a vida d' antanho...
Mas termina em flácidos medonhos!

Modesto

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

LUA NOVA

















Ó lua, lua triste, amargurada,
Fantasma de escuridões vaporosas,
A tua luz escura ciliciada
Faz murchar e congelar flores e rosas!

E, nas floreadas searas ondolosas,
Cuja folhagem não brilha orvalhada,
Passam sombras de bruxas, sim, nervosas,
Pois não vêem múmia amortalhada.

Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo... os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar notâmbulos, pairando...

Por isso, ó lua nova dos espaços,
Abre, ao menos para mim, os braços
Assim frios e trémulos, mas... amando!

Modesto

terça-feira, 11 de setembro de 2018

SONETO NA MADRUGADA
















Este silêncio faz-me entender
As palavras amarradas ao meu sonho,
Destino alheio ao frágil saber,
Luz qu' impede ver um futuro risonho.

E vou traçando versos na madrugada:
Pontos e vírgulas sujeitos da dor,
Rimas como 'scudo, - perco-me em nada!
'Screvo as palavras como sonhador.

Esgoto o verbo em ânsia d' alento
E vivo reputando o pensamento...
A luz derruba a noite no horizonte.

Por traz das nuvens, o sol escond' a crença,
Orvalhando o dia, faz-se presença,
Traz lucidez no calor da sua fonte.

Modesto

domingo, 9 de setembro de 2018

LUGARES DE EVASÃO



















No silêncio e paz da Natureza,
De todas as sensações eu me desligo.
Extasio-me apenas na beleza
Deste bonito mundo onde m' abrigo.

Mergulho no verde e ali me deito,
vivo o silêncio da madrugada,
Com a alma em evasão me deleito
 E sou um ser imenso, por não ser nada!

É neste bem-estar em quietude
Que, saudoso, lembro minha juventude,
Desde o primeiro lar ao mais antigo...

E é esta erva simples que brotou
Do nada, que eu quero,, pois nada sou...
Basta-me o ar que sorvo estar comigo!

Modesto

sábado, 8 de setembro de 2018

MENINA DOS OLHOS VERDES


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_JznCeltS-1UAfNR6J9fhHiQjXL13Dul-s7Fubar3Q8fPvOHzNsY5T_ap_5kLnFPHp7DNb-WdKV_5mKN6NFiWh_DWEhDcsvIsudRCEBQ1-YGPS5ekBEVb5_i19o9cpgZQtbtKrYbnQJI/s1600/olho-verde-1.jpg

Menina dos olhos verdes
Por que me não vedes?
Eles verdes são,
E têm por usança
Na cor esperança
E nas obras não
Vossa condição
Não é de olhos verdes,
Porque me não vedes.
Isenção a molhos
Que eles dizem terdes,
Não são de olhos verdes,
Nem de verdes olhos.
Sirvo de geolhos,
E vós não me credes,
Porque me não vedes.

Havia de ser,
Por que possa vê-los,
Que uns olhos tão belos
Não se hão de esconder.
Mas fazeis-me crer
Que já não são verdes,
Porque me não vedes.

Verdes não o são
No que alcanço deles;
Verdes são aqueles
Que esperança dão.
Se na condição
Está serem verdes,
Por que me não vedes?

Por: T 'ADORO

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

OCULTO LADO DA ALMA

























Sonhos matinais
Bolas de cristais...
Surgem à beira dos rios,
Coloridos de tom azul,
Projectados nos olhos fitos
Nas aves que vêm do sul.
Até nossas vistas
Se lançam para o céu
Do amor aberto, distas
Das nuvens que vão ao léu
E revestidas de flores
Dum jardim que semeia amores
Num caminho de pisar a regra,
Que, em si mesmo, está quieta.

Sonhos de amor e saudade
No meio da bruma, agora.
Volta a claridade
E levanta a ave canora.
Enche-se de tinta o céu,
Na verde luz da aurora
Que traz brandura, estendendo o véu.

Modesto

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

MANHÃS DE VERÃO



















Entrei no Verão e senti o calor,
Vesti roupa leve, toquei violino.
Senti que o mundo vivia d' amor,
Fui ao jardim colher rosas sem destino.

Recordei o tempo em qu' era menino,
Senti, inquieto, a 'spuma do mar.
Desenhei um papagaio pequenino,
Dobrei a folha, na praia a brincar.

Reparei nas belas paisagens de cor,
Deparei com uma ilha tod' em flor
E, no meio, pintassilgos a cantar...

Queria vê-los, pô-los na minha mão,
Quando senti confuso meu coração...
Eram manhãs claras, boas pra amar!

Modesto

sábado, 25 de agosto de 2018

ESPERANÇA

























A 'sperança não morre e nunca nos cansa,
Ela não sucumbe, é como a crença!
Vêm-se os sonhos a crescer na criança
E vão-s' os sonhos na velhice com esp'rança!

Há, no mundo, gente infeliz que não pensa,
Já qu' o mundo é uma ilusão completa!
É preciso ter a esp'rança por sentença:
O mundo tem corrente que nos manieta!

A mocidade lança-se em alto grito,
Serve-se da crença como banal bendito,
Sua euforia pró futuro avança....

Vem o tempo de s' atrelar ao desalento,
Um tempo em que se vive só de tormento
E ouve-se a voz que sempre diz: Descansa!

Modesto

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

CÂNTICO DO CONVÍVIO EM S. LOURENÇO DO DOURO.


Viemos aqui cantar,
Com alegria, prazer:
A todos queremos dar
Alegria de viver.

Cá 'stá o Zé do Tractor,
Que toca com alegria...
Canta, seja onde for,
Seja noite, seja dia.

Todos nós aqui cantamos
Com amor e com carinho
E o melhor desejamos
Ao novo e ao velhinho.

      (REFRÃO)

Senhor Braz é um amigo
Que queremos saudar:
'Staremos sempre consigo
Aqui, em qualquer lugar!


Sempr'  unidos cantaremos
Com prazer e alegria.
Qualquer dia cá 'staremos,
Convosco em companhia.

Agora, ao terminar,
Digamos com muit' amor
Foi muito bom cá estar,
Com a graça do Senhor!


Desconheço autor

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

UMA HISTÓRIA VERDADEIRA

























Jesus, Meu Senhor,
Ajuda-me, por favor,
A ser verdadeiro,
Como Teu obreiro.
Não por mim, Senhor,
Mas por Vosso amor
E para Vossa glória:

Eu só tenho oito anos!
A morte já tem planos:
Com seus cavalos negros,
Carro de tição aceso,
Com seus olhos de morcegos
E olhar feio e vesgo
E ela quer-me levar,
No seu carro me deitar.

Eu estou com pneumonia:
A testa molhada, fria,
Com linhaça no peito
E meu corpo a seu jeito...
Este corpo pequenino
E leve...
A morte, evidentemente,
Sabe que estou doente,
Serei presa fácil em breve!

_  Ó Meu pequeno menino,
Eu sei que tu és franzino
E estou sempre contigo.
Procura ser Meu amigo,
Pla vida que vais ter longa,
Sem medo e mais delonga,
Prometo estar contigo
Na vitória e no perigo.
Vou-te dar pequenas cruzes,
Vencerás, como as urzes,
Em terreno seco, agreste,
E, mesmo sem forças, veste
A bela túnica branca
Que o teu Anjo te lança.
Conserva-a sempre pura,
Que só na vida madura,
A morte vem à procura...
Agora,
Sabes? Eu não vou embora
E o teu Anjo da Guarda
Tem tua força guardada
E já, já, ta irá dar:
Dá-lh' a mão pra levantar.
Agora vai tomar banho,
Depois, leva teu rebanho,
Pra no verde vale pastar
E tu vai-o guardar
Que Eu também vou contigo,
Como um teu bom amigo...

Era um vale relvado,
Seguido dum mont' elevado,
Com erva grande, acamada.
As ovelhas esfomeadas,
Depressa ficaram fartas!...

Num momento, desmaiei,
Pla encosta rebolei.
Ali fiquei desmaiado!
Mas senti-me afagado,
Por uma mão de conforto
Que me limpava o rosto,
Com um paninho vermelho.
E eu vi, como num 'spelho,
Jesus e mais os seus Anjos,
Não os da Guarda - Arcanjos!
E senti, junto a mim,
Anjos a tratar de mim...
Todas as minhas ovelhas,
Bem 'sticadas as orelhas,
Todas à volta de mim,
Pasmadas a olhar pra mim.

_ O gado já não tem fome!
Leva-o pró seu redil.
Vou dar-te força conforme
E tu estás do varil!...

Mas, ao metê-lo na corte,
A mãe aparece forte,
Quis saber como passava,
Pois estava admirada...
Disse-lhe: Jesus mandou
Que da cama levantasse,
Era bom que passeasse
E as ovelhas soltou.
Levamos o meu rebanho
E pegou-me como anho...
Eu no monte desmaiei,
Pla encosta rebolei...
Mas Jesus que é tão bom
Disse qu' eu estava bom!

A mãe disse: entendi!
Faço comida pra ti...
Vi a minha mãe chorar,
Rezar, graças a Deus dar...
Comi... paisagem fui ver
A brincar e a correr...

Modesto

(Poema escrito em 02 / 10 / 1951 -  revisto e melhorado)

segunda-feira, 30 de julho de 2018

NOITES SÓ COM SONHOS

























Não durmo! A noite é um' eternidade!
Repousar um pouco, descansar um tanto,
Rebolar, sentir ideal serenidade,
Enxugar os olhos das convulsões do pranto...

A graça do consolo e tranquilidade
Vem do céu com seus perfumados encantos!
Não é tédio senil da vã perpetuidade
E nem nenhum carnal e mórbido quebranto.

É sonho lirial d' estrela deslocadas
Onde as almas febris, exaustas, fatigadas
Se possam recordar e descansar tranquilas.

Um descanso d' amor, de celestes miragens,
Onde eu gozo a luz das místicas paisagens,
Sem precisar mais de remexer nas argilas...

Modesto

quinta-feira, 19 de julho de 2018

NOITES DE LUA
























Belas noites brancas de lua cheia,
Como gosto de vós, noites formosas!
Minh' alma canta como a sereia,
Que suaviza  noites tenebrosas...

Sois noites queridas que Deus prateia,
Com a luz de sonhos das nebulosas!
Minhas lindas noites de lua cheia,
Eu gosto de vós, noites luminosas!

Sois como um facho de luz sagrada,
Onde, a sonhar, passa embalada
A minha esperança de mágoa nua...

Sois noites bonitas de lua plena,
Só vós amenizais a minha pena...
Como gosto de vós, noites de lua!

Modesto

terça-feira, 17 de julho de 2018

AS FRAQUEZAS DA VIDA



















Eu não sei se há algum fundamento
Andar com a vida sem sintonia.
A esperança levou-a o vento...
Pois tudo tem que acabar um dia.

Anda ansioso meu pensamento:
Já não ligo muito às coisas minhas...
É bastante grande o meu sofrimento
E as esperanças tão pequeninas...

Às minhas fraquezas eu não resisto,
Perdendo muito e nada conquisto
Por meu ser se encontrar tão frágil!

Mas, pensando bem, eu nuca desisto,
Nem que p'los outros não seja bem quisto,
Mesmo qu' agora não seja tão ágil...

Modesto

domingo, 8 de julho de 2018

A FESTA DA NATUREZA


















A festa da Natureza
É bonita reunião:
Um momento de beleza
De grande inspiração!
E todos os elementos
Compartilham seus talentos
Com canção ou poesia,
Expressão de pura arte
Cada um com sua parte,
Em sublim' harmonia!

O sol já vai declamar
O poema da Aurora:
Todos ficam a 'scutar
- A terra, fauna e flora...
Esperança é o tema
Dos versos deste poema,
E que bem que ele fez!
As estrelas e luar
Também sabem declamar...
Esperam a sua vez.

As pedras ouvem silentes
O rio sempr' a cantar
A cantiga das correntes,
Sem nunca desafinar!
A montanha aprecia
Essa linda melodia
E o seu timbre de voz...
Sua canção vai cantando
E o vento vai dançando
Até qu' ele chegue à foz!

Preservando o costume
Do salão ecossistema,
há a dança do cardume
 No baile do mar perene.
E as aves também dançam
E sua asas abanam,
Não ficam fora da festa!
Plantas dançam no chão,
Ao compasso da canção
Que se ouve na floresta!

terça-feira, 19 de junho de 2018

POEMA DE AMOR

















Se o amor não tem cor,
Também não terá idade.
Preza sempre o honor
E só vê a qualidade

O amor não tem tamanho,
Não tem peso nem altura.
É carinho de antanho
E só vive de ternura.

Amor também não tem raça,
Não tem tempo nem medida.
Sabemos que nunca passa:
Vale para tod' a vida.

O nosso amor nasceu
Duma fonte divinal
E dela tanto bebeu
Que se tornou imortal!

Modesto

sábado, 16 de junho de 2018

A VIDA É SOFRIMENTO

















Aqui estou eu: Já olhei para o céu!
Encontraste-me, novamente, andando ao léu,
No meio da solidão, cheio de dor!
Eu tento ver o Teu amor...
Só agora percebo que nunca Te foste embora!

Eu procuro vitórias, mas é fardo pesado!
As minhas glórias, são coisas do passado...
Teu espírito 'inda repousa em mim,
Porque Tu o disseste assim!
Porque me sinto, assim, tão desanimado?!

Sinto a minha dor e vejo a Tua tortura:
Crucificado, em forçada postura...
Lembro do povo a maldição:
Porque viu o Teu sofrer e perdição...
Tudo isto pra nos dar a vitória!

Aquieto a alma e ouço Tua voz, Senhor!
Como brisa suave, alivias-me a dor:
Também tiveste horas de escuridão,
Mas logo veio a alegria da Ressurreição!
E Tu venceste a morte!

O ar sufocante deste mundo
Quer-me derrubar, levar ao fundo...
Mas, depois da tempestade, o céu aparece,
O sol brilha e me aquece,
Tal como a Tua paz eterna.

A dor é uma noite penosa,
Mas, de manhã, virá a alegria radiosa
E eu aprendo a louvar-Te no meio da dor...
Contigo, posso ser vencedor,
Celebrando em cada dia a vida!

Modesto

sábado, 9 de junho de 2018

O QUE NOS ESPERA NA VELHICE

























Foi trave mestra que susteve a casa,
Foi a coragem espalhada à volta,
Fagulha ardente que sonhou ser brasa
Mas só de cinzas se sentiu envolta.

Quis ser ave pra voar, não tinha asa...
Deixou os seus sonhos pelos céus, à solta
E ficou sombra a vaguear na casa,
Sem sonhos e com esperança revolta...

Foi incompreendido e mal amado
Por quem se quis dar todo... Até seu fado!
Foi pedra angular, segura e forte...

Agora...já não pode dizer:«Eu quero»!
Mas, só irão poder chamar-lhe um zero
Depois de caducar o seu passaporte!

Modesto























quarta-feira, 30 de maio de 2018

SONETO COM RIMA E MÉTRICA



















Por favor, ri ao ler este soneto
Não às gargalhadas, mas com educação!
Ele é bomba, fogo no gaveto,
Pois já queima desde a concepção!

Lê com bom tom, comigo faz dueto,
Afina a voz, dá-lh' entoação!
É rara a rima deste quarteto,
Dá-lh' o teu brilho na declamação!

Põe-no na retina do olho calmo.
Lê-o bem - como se fosse um Salmo,
Lê com desvelo, por questão de ética.

Não sou poeta igual a Pessoa...
Não sou um rei com a sua coroa...
Mas fiz soneto com rima e métrica!

Modesto

domingo, 27 de maio de 2018

POEMA PARA HOJE
















Quer' uma brisa de paz
E corações desarmados,
As mentes sem munições,
Silêncios aclarados
E sublimes emoções,
Ou carinhos, tanto faz.

Quero chuva de estrelas,
Sol e tálamo d' amor.
Quero tudo a fluir
Em erupções de calor,
Tudo pra onde há-d' ir,
Junto com flores - sim - belas!

Quem tiver, conserv' o zelo,
Para saber quanto vale,
No frio da madrugada
- Valor de jóia banal -
Vamos com quem não tem nada
Ou, com amor, pode tê-lo!

Modesto

sábado, 26 de maio de 2018

TENHO A POESIA



















Pego na caneta e no caderno
E tenho na alma inspiração.
Se lá fora o mundo é inferno,
Aqui vivo com letra e canção.

Sou poeta: tenho sol no Inverno
E chama acesa no coração,
Vivo o amor num sonho eterno...
A poesia não morre, então!

Sim, não 'stou só: Tenho a poesia,
A vivacidade me acompanha,
Vive comigo emoção estranha...

Ela se compraz na doid' ironia:
Faz-me rir ou o pranto me apanha,
Canta minha dor de forma estranha!

Modesto

quinta-feira, 24 de maio de 2018

ESTOU EM MARÉ BAIXA

















Ando em maré baixa... Todos os rochedos
Me ferem e esfacelam fibras d' alma!
Talvez por ousadia ou por medos
Sou arrastado à toa... Perco a calma!

Tento entender porque razões ou medos...
Mas, sem amor, ninguém me leva a palma!
Escoa-s' a esperança entre os dedos,
Vão-me esmorecendo as forças d' alma...

Sou escolho no mar ou folha morta?
Seja tudo o que for, já não m' importa!
Vou à mercê dos tufões e vendavais...

Se teimo em não ir, tudo revolteia!
Eu só preciso romper esta cadeia
E esfumar-me no ar, pra nunca mais!

Modesto

terça-feira, 22 de maio de 2018

NA VIDA...

























Na vida, temos de despir o ser
E levar a alma plo universo,
Sem querer viver com o verbo ter
Porque, por bem, nascemos noutro berço.

Na vida, interrogamos as coisas,
Esperando qu' o vento dê respostas.
Percorremos os caminhos das poisas,
Mas, lá levamos o peso às costas!

Na vida, temos noites, temos dias
E sonhamos a realização.
Às vezes, chegamos aos meios- dias
'Inda reflectimos noutra 'stação...

Na vida, há Primavera, Verão,
Isto, nas memórias da infância!
Mas crescemos... outros dias virão
Que da Natureza, só fragrância!

E, na vida, vivemos sem pensar...
Desce o Outono ao nosso ser!
Caem as horas, sem as observar...
Só agora, aprendemos a ler!...

Modesto

domingo, 20 de maio de 2018

AMAR É DÁDIVA DE SI MESMO

























Amar é dar-se e com alegria,
Sentir o que é belo e tem cor.
Amar é despertar em cada dia
Num mundo colorido de amor.

Enquanto dura e não se resfria,
Amar é ter vida no seu melhor.
É força que s' eleva, se recria...
É grito desvairado sem pavor.

Quem ama com amor, entrega tudo,
Pois é macio como o veludo,
Brilha como chama incandescente.

Quem ama sem amor, nem o sol brilha,
Pois amar é sempre uma partilha:
Assim foi e será eternamente.

Modesto

sábado, 19 de maio de 2018

NASCER DO SOL NA SERRA

























O sol na serra,
Quanta beleza encerra...
É o maior espectáculo da terra!
Apreciar o nascer do sol
E deleitar-se com o arrebol,
Ninguém consegue resistir
Sem deixar uma lágrima cair...
Surge o sol no horizonte,
É inspiração, é fonte
Do belo da Natureza:
Percorre os recortes da serra,
Ilumina montes, vales e regatos,
Embeleza as quedas d' água...
Tira da alma a mágoa!
A luz vai ocupando espaço,
Enlaçando o mundo num abraço
E faz nossa alma deslumbrar
Com o seu refulgente brilhar!
É assim o nascer do sol na serra:
Quanta beleza encerra!

Modesto

quarta-feira, 16 de maio de 2018

O MILHAFRE ENTRE MONTANHAS

























Entre duas montanhas, no azul profundo,
Sulcando espaço, observando a terra,
Vai voando e procurando o seu mundo
O milhafre que vai duma a outra serra.

Na esteira sem fim da tão azul esfera,
Ei-lo embalado na amplidão dos ares,
Vencendo a nuvem que ante si s' erguera,
Fitando o abismo profundo, quais mares!

Voa, eleva-s' em busca do infinito,
Como o despertar de um estranho mito:
Que o milhafre tem humana consciência...

Cheio de luz no cintilar do belo astro,
Deixa ficar na fulgência do seu rasto,
A trajectória d' augusta sapiência.

Modesto

terça-feira, 15 de maio de 2018

MINHA ALDEIA E SEU RIBEIRO




















Aldeia qu'rida, manancial de frescura,
Oh!São tantos os encantos do teu ribeiro!
Desvanece-se minha forte amargura,
Na água corrente contínua... Ligeiro.

Ó belo ribeiro, afago de ternura!
Em ti me diverti, salutar brincadeira.
Como te recordo, na custosa lonjura,
Foste e és fonte da beleza primeira!

Venho visitar-te, com a minha saudade.
Vim ver correr tuas águas em liberdade
E encher de encanto o meu coração!

Aqui venho fixar imagens a preceito,
Encantado com pedras lisas do teu leito
E que são, para mim, terna recordação!

Modesto

domingo, 13 de maio de 2018

DIA DA ASCENSÃO


















Oh! Vai sair o Sol da minha rua!
Estrela da tarde..., deixas-m' a sós!
Intensa Luz qu' era a minha Lua...
Vou sentir saudades da Tua voz!...

Flor que bem cuidaste do meu jardim,
Apuraste bem o meu sentimento!
Rosa de Maio, és tudo pra mim,
Tábua de salvação, meu talento...

Tua Ascensão deixou na minh' alma
Rio de águas mansas, minha calma,
Altar onde meu 'spírito demora.

Olhaste com candura qu' enternece,
Jovial, penetrante... Não s' esquece...
A cada momento, mais se adora!

Modesto

quinta-feira, 10 de maio de 2018

POR ACASO, É UM POEMA




















Sem imaginação
Ando agora!
Atiço a inspiração
Mas ela demora!
Já não sei pensar em algo
Que faça rima...
Só quero acertar no alvo,
Com escrita por cima.
Não acho bom o assunto
Pra organizar um verso,
Mesmo se sei que no mundo
Há mil assuntos diversos...
Mas... que coisa chata:
Não consigo imaginar!
E isso quase me mata,
Pois não consigo pensar...

Mas... esperem um momento:
Mesmo não tendo um tema,
Se às frases 'stou atento,
Afinal... Fiz um poema!

Modesto

quarta-feira, 9 de maio de 2018

POEMA DE AMOR E RIMAS



















Poesias de amor bem rimadas,
Rimas que não sei onde encontrei.
Falam de noites e de madrugadas,
De quanto sofri e quanto chorei.

Foram feitas para eu mesmo ler,
Escritas para o tempo passar.
Poesias pra nunca esquecer,
Rimas contadas pra sempre lembrar.

Não tive tempo para as compor,
Fora de horas para escrever...
Lembranças de momentos de amor,
Momentos d' alegria e sofrer.

Fico com coração preocupado
Com as coisas que ele diz e sente.
Até o meu peito está curvado,
Num espírito 'stranho e carente!

Perdoa, flor morena inocente:
Clareia esperança dos mortais...
S' um dia minh' alma infantilmente
Sonhou suspirar por pétalas tais!...

Sou apenas eu, pobre rimador
Que, com rimas, tristezas torna belas!
Sou apenas eu, pobre infeliz,
Que se deixou amar plo amor delas!...

Modesto

sexta-feira, 4 de maio de 2018

CORPO CANSADO, ALMA DESPERTA

















Não quero ir já par' a eternidade.
Repouso um pouco, repouso enquanto
Posso sentir ideal serenidade
E enxugar as lágrimas do meu pranto.

Graças ao consolo da tranquilidade
Dum céu carinhoso, perfumad' encanto,
Sem tédio senil, vã perplexidade,
Que sara o corpo sem nenhum espanto.

Vivo assim, entr' estrelas desoladas...
Com alma desperta, dores fatigadas
E vou recordando a vida tranquila.

Descanso como em celestes miragens,
Gozo as estrelas e belas paisagens,
Esqueço as dores que são só argila.

Modesto

quinta-feira, 3 de maio de 2018

BELEZAS DE PRIMAVERA















Veio delicada e perfumada,
Salpicada com as suas mil cores,
A Primavera linda, enfeitada,
Trazendo consigo as suas flores.

Com paisagem verde modificada,
Os jardins ficaram mais sedutores.
Já se ouve cantar a passarada,
Os pequenos e alegres cantores.

Destaca-se entre as Estações
Por espalhar as boas vibrações
Que nos oferece a Natureza.

E nós vamos ficando à espera
Que a sua força venha bem fera
Pra nos mostrar tod' a sua beleza.

Modesto

terça-feira, 1 de maio de 2018

HOJE A MANHÃ ME SORRI



















Hoje, a manhã me sorri
E sinto toda a força do mundo!
Recordo as coisas que já vivi,
Sinto-me leve, bem- estar profundo!

Há esp'rança, respiro alegria!
'Stá sol! Mas não importa se chover.
Voo nas nuvens da melancolia
E nada, nada me fará sofrer!

Antes de morrer, tenho que viver...
Neste belo dia, vou renascer,
Sonho colorido... a flutuar!

Bebo amor, sinto felicidade,
Com o espírito em liberdade...
Hoje é dia em que vou voar!

Modesto

segunda-feira, 30 de abril de 2018

EM TEMPO DE PÁSCOA


















Eu queria ver um mundo diferente
Que fosse lealdade, honestidade
E o homem fosse sempre coerente
Pra existir verdadeira amizade.

Eu queria ver as crianças brincando,
Que usassem todas o seu altruísmo
E a todos os idosos respeitando...
Que não houvesse o triste egoísmo!

Dizem-me que tenho sonho de quimera:
Mas Jesus ressuscitou - eis a verdade!
Eu não posso cruzar braços à espera
Qu' outros tornem Seu sonho realidade...

Na Ressurreição, milhares O seguiram
Prá verdadeira Igreja existir.
No coração, o Seu sonho perseguiram:
O sonho de Cristo vai sempr' existir!

Modesto

VONTADE DE TE BEIJAR

 Estava no meu quarto A pensar na minha vida... A minha vida sem ti,  Minha querida, percebi O valor do meu amor, Do meu amor por ti. É a ti...