quinta-feira, 18 de abril de 2024

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida
De luz plena, estes montes prateia.
E a ribeira que de água vai cheia,
A embalar-me, abstrai-me da vida.

Pelo espaço já a grei não chilreia.
Em seus ninhos está adormecida.
Só ao fundo, balada sumida,
Vai cantando o moinho da aldeia.

Como ele canta as agruras que sente,
A chorar, em sussurro plangente,
Como endecha dum canto a sofrer...

Ando só, por entre estas devesas,
Como estro que canta tristezas
Num lirismo que me acalma o sofrer.

Modesto


segunda-feira, 15 de abril de 2024

À PROCURA

 Nos bucólicos silêncios da montanha,
Nas graciosas colinas me quedo a escutar:
A onda de recordações é tamanha!
São os ecos da solidão a falar.

Indecisos momentos sem rumo certo
Pelos caminhos da minha juventude,
Sinto indizível prazer em fazer versos,
Deambulando do monte ao rio: Quietude!

Os outeiros verdes vestem-se de festa
Tudo canta e exulta de alegria
E entra, lendo sonetos de véspera,
Inspirado na alma a musa que sorria.

O pôr do sol colorido se vestia
De luz plena, estes lugares prateia.
E a ribeira que d´água vai cheia
A embalar-me e me distraía a vida.

Modesto


segunda-feira, 1 de abril de 2024

DOCE EMOÇÃO

 Bate, bate, coração...
Bate devagarinho...
É amor ou paixão,
Isto aqui no çantinho?

Bate, bate, coração...
Bate de mansinho...
É muita a tentação
De te dar um beijinho!

Bate, bate, coração,
Já bates de pequenino...
É bonita a razão
E doce o carinho!

Modesto

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...