Eras a rosa, tua ausência, espinho!
Eu tantas vezes te feri e fiz chorar…
É do teu amor, Mãe, qu’hoje quero falar,
Já que foste tu que m’abriste o caminho.
Hoje sinto a tua voz, com’em criança,
Recordo o teu sorriso e palavra amiga:
Tu és o modelo força que me obriga
A manter com o mundo uma aliança.
A tua voz permanece mesmo ainda
Quando, perdido, me vejo a naufragar
E a triste saudade faz de mim ninguém…
Nos outros reconheço tu’imagem linda,
Entrego-me ao amor que tinhas pra dar.
Porque me deixaste tão cedo, minha Mãe?!
Modesto