quarta-feira, 23 de março de 2011

SONHO QUERIDO

Veio numa noite escura
Um sonho já esquecido.
Já o julgava perdido,
Mas voltou, a criatura!

É uma bela figura,
Lembra o passado vivido
De dor e amor tão sentido,
Com uma beleza pura:

Luz qu'indica o futuro...
Com ela estou seguro,
No cantinho do meu Cais!

Ela alegra a minha vida,
No porto de volta e ida,
Ensina-me a viver mais!

Modesto

segunda-feira, 21 de março de 2011

AO LUAR

Na madrugada ao luar
Qu'ilumina meu caminho,
Eu andava a procurar
Um coração com carinho.

Senti teu olhar no meu,
Minha face junto à tua,
Entrou meu corpo no teu,
Ao brilh' intenso da lua.

Voamos p'lo horizonte
E paramos junto à fonte
 - Realidade infinita!

Colocamos a semente
Onde a vida nasce e sente
 - Criamos vida bendita!

Modesto

AO BRILHO DO LUAR

Noite de intenso luar,
Astro belo... inedito!
Eu desejo navegar
P'las ondas do infinito,

Ver o teu olhar brilhante
E tocar a tua face,
Viver contig'um instante
E depois... o desenlace.

Nos teus sonhos caminhar
Até o dia acordar,
Minha face ao pé da tua.

Perder-me no horizonte,
Minha musa, minha fonte...
 - Brilho intenso da lua!

Modesto

quarta-feira, 16 de março de 2011

DESALENTO

Tanto ruído nestas horas!
Falamos, não ouvimos nada.
Tens uma expressão magoada,
Vejo lágrimas, mas não choras!

Enlaçamos mãos e... demoras,
Sinto que'estás apaixonada...
Também estás amargurada,
Quase sucumbes ou descoras.

Há momentos tristes na vida,
Com a esperança perdida,
Pelo desalento latente.

Mas a vida não é escura:
Vê os momentos de ternura,
Há amor por ti: Vê e sente!

Modesto

segunda-feira, 14 de março de 2011

SINAL DE AMOR

Não temos um sinal exterior
Para fazer ver o nosso amor.
As alianças não nos vão dizer
Os sentimentos do nosso querer.

E só podemos entre nós trocar
O sonho-marca do nosso amar.
Assim, ao olhar pra este sinal,
Sabemos qu’o amor é imortal.

Modesto

sexta-feira, 11 de março de 2011

AMOR, POESIA E MÚSICA

Lá, no horizonte, há melodia,
Vivem pensamentos pelo espaço
E as nuvens dançam com alegria,
Ao ritmo da poesia que faço.

Ela tem o som da recordação,
Do êxtase pleno de sintonia
O profundo sentir do coração
Do Universo, por analogia.

Há, p'lo ar, sentimentos de amor...
Eu sinto e m'elevo neste canto,
Conheço o despertar do alvor,
Jogo que, às vezes, leva ao pranto.

Gosto das delícias dos abraços,
Com teu corpo preencho meus vazios,
Estreito, com carinho, nossos laços
Na minh'entrga total, sem desvios.

São estes momentos por nós vividos
Envoltos em carícias sentidas,
Por descobrir sentimentos retidos
Daquelas madrugadas não dormidas.

O segredo deste amor é maior,
Quando os pensamentos são sementes
A germinar numa vida melhor:
São reflexos nos dias presentes.

Modesto

quinta-feira, 3 de março de 2011

Recenção no Jornal "Voz Portucalense" e Revista "Fátima Missionária"

VOZ PORTUCALENSE: "CAMINHANDO PELA VIDA" de Modesto Nogueira, é um livro de poemas ao sabor dos dias. De recorte clássico, produção poética trabalhada. Poemas que cantam a vida, a felicidade e a gratidão pela dádiva da vida. É um livro de inspiração cristã, mas o autor não deixa de tecer críticas e reparos aos loucos tempos da actualidade em que "cada vez há menos tempo de ter tempo". O autor imprime à sua poesia uma nota de compromisso com a transformação da realidade e pretende ser actuante e participativo.
FÁTIMA MISSIONÁRIA: Em "CAMINHANDO PELA VIDA" de Modesto Nogueira, o autor chama à sua poesia "meditações". É um livro de profunda inspiração cristã: Por ele passa a vida, a Bíbla, a felicidade e a gratidão. Ao autor sobeja-lhe ainda tempo para debitar críticas e reparos, aqui e ali, aos loucos tempos da actualidade. Embora escrito em poesia, o livro é acessível a qualquer leitor. Os versos, rimados a uma cadência natural, são quase uma oração.                                                                                                     

E-MAIL NÃO IDENTIFICADO: Estou a ler o livro "POR TERRAS DE BEM VIVER" de Modesto Nogueira. Mas estou a lê-lo devagar! Até porque a poesia... não se devora, apesar do apetite e do seu gostoso paladar. Lê-se, relê-se, aprecia-se a fluidez e musicalidade, recriam-se sentimentos e emoções, identifacam-se empatias e partilha-se do prazer do poeta que a criou, a viveu e... a doou para que cada leitor a interprete e vivencie a gosto e a jeito. E, isto... leva tempo!
Estou a gostar e a gostar muito, particularmente da sinceridade e dedicação com que o autor esmiuça a sua gratidão para com o seu grande Mestre que foi o Padre João: «...abate os muros, quebra as algemas...», opções que hoje vinculam o autor a um carácter de intervenção e modéstia superior!
Mas... o meu poema de eleição é «Sonho numa noite de silêncio»! Sonho, aspiração, sabedoria, sofrimento, impotência, generosidade, sedução, fantasia, criatividade, fascínio, utopia: «...formar um novo mundo onde fosse sempre primavera / e a vida fosse como no princípio era,» !!!
Parabéns, Modesto Nogueira, por este belo livro!
Tenho a dizer mais uma coisa sobre este livro: Já não sei se Modesto Nogueira é um poeta em potência, ou um prosador poético, dos que nos encantaram na juventude, e relemos, no tempo em que já temos tempo, e achamos que é pouco tempo para apreender toda a dimensão e actualização premente da sua mensagem! Estou fascinado com o poeta e com o prosador romântico e nostálgico que descobri no Prefácio da sua autoria!
Tome como sinceras e sentidas as palavras de quem o está a ler, porque a sua poesia se impõe, como compromisso, a quem nela entra sem preconceitos de forma ou técnica, mas como amante dos sentimentos e emoções que nos faz sentir e viver. 


 

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...