domingo, 11 de novembro de 2018

COMO DOIS CISNES


















A vida, manso lag' azul algumas
Vezes, outras vezes mar fremente,
Um lago azul sem ondas nem 'spumas,
Tem sido para nós vida ardente.

Sobre o lago desfizemos brumas
Matinais, logo qu' o sol rompe quente,
Como dois cisnes d' albacentas plumas,
Nós dois vagamos indolentemente.

Um dia, um cisne morre... certo
Quando chegar o momento incerto,
No lago, talvez a água se tisne...

O cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais canta e sozinho nade,
Nem nada ao lado de outro cisne.

Modesto

















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