quinta-feira, 29 de maio de 2014
FIM DO DIA
O vento faz silêncio na folhagem,
As árvores deixaram de ser abrigo...
Já é tempo de prosseguir a viagem,
Porqu' o calor já não quer nada comigo.
A sombra, agora, é só a paisagem
Que se aprecia com outro sentido.
O murmúrio ouvido na aragem,
É a voz do entardecer apar'cido.
As estrelas tornam-se a minha luz,
A lua empurra o sol no poente.
Meu coração à tristeza se reduz:
Como o dia, meu amor 'stá ausente!
Os dias são feitos pequenos desejos,
Saudades e silenciosas lembranças...
A felicidade, pequenos lampejos,
De loucuras, de glórias, d' esperanças!
Foi-s' o dia de inúteis agonias,
Dia brilhante, inundado de sol!
Com ele foram as falsas alegrias...
Valeu, só, por este belo arrebol!
Modesto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ
Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...
-
Contigo, meu Senhor, a minha vida Tem um pouco de luz celestial, Contigo, os meus espinhos da partida São rosas perfumadas no final. Contig...
-
A Ti venho, Senhor, esperançado Em receber a Tua doce calma: Tenho o meu roseiral todo mudado Neste espinheiro que me fere a alma. Aceita, ...
-
Partida em noite de Janeiro frio Gelou-me o coração, gelou-me todo. "Novos Lírios de Maio" - último apodo Da nossa lira, mortos n...
Sem comentários:
Enviar um comentário