sábado, 6 de outubro de 2012
CRESCER E MUDAR
Fui eu, esse menino que te espia,
Melancólico olhar, sereno rosto,
Postura fixa e todo bem composto...
No retrato que o tempo desafia.
Fui eu, na minha infância fugidia,
De prazeres ingénuos e com gosto,
Pena de sentir tão efémer' alegria...
Depressa foi trocado no seu oposto!
Fui eu, sim! Mas o tempo que me ultrapassa
E que tud' altera: Nem sequer deixou
Um cheiro a infância como 'smola escassa!
Fui eu, sim: E na figura só ficou
Um olhar desenganado na fumaça
Em qu'a criança inteira se mudou!
Modesto
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