sexta-feira, 24 de agosto de 2012

NÃO OUÇO O GALO CANTAR
















Amanheceu! Não ouço o galo cantar!
E esse canto traz-me tantas saudades!
Quem vive por aqui, só ouve falar
No cócóricó d'um canto de verdade!

Aqui, só agitação indiferente,
Cada um trata da sua vida e mal!
A confusão do querer de muita gente:
Um viver frio, insensívl, irreal!

Que saudades tenho do meu amanhecer,
De sentir o orvalho na relva molhada,
Do belo pôr-do-sol ao entardecer,
Com o cantar tristonho da passarada!

Ai! Se eu pudesse fazer voltar o tempo,
Ia já para o tempo de criança!
Teria tudo o que nas saudades contemplo:
Inocência, alegria, esperança!

Modesto




















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