terça-feira, 19 de novembro de 2013
ENTARDECER NA MONTANHA
Na tarde fria, pelo céu em festa,
Pássaros gritam e ouvem-se longe.
Há mil perfumes de tomilho e giesta...
Silêncio e já reza o monge!
Devagarinho vêm as estrelas,
Abrem no alto seus olhitos piscos.
Ouço cantigas, pelo ar, singelas...
O gado manso volta aos seus apriscos.
P'la minha janela sempre aberta,
Ouço vozes, rezas de humildades...
Há o perfume das urzes em flor.
Tudo se cala: O amor desperta,
Quando da Torre soam as Trindades:
Hora doce de saudade e amor!
Modesto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
LUZ DA NATUREZA
Luz que eu adoro, grande Luz que eu amo, Movimento vital da Natureza, Ensina-me os segredos da beleza E de todas as vozes por quem chamo. Mo...
-
Amar é desejar o sofrimento Sem um suspiro vão nem um gemido E contentar-se só de ter sofrido O mal mais doloroso e mais cruento. É sair des...
-
Esse Corpo, Senhor, nu, inerte mas com Norte Que 'inda transpira o perfume do unguento... Esse Rosto sereno e macilento Como um lírio de...
-
Dá-me, Senhor, a alma simples, pura Para Te amar e para Te servir; Que o meu olhar vestido de candura Na luz do sol Te possa descobrir. Dá-...
Nada acontece por acaso!!! Ausente, semanas, meses até...só este Entardecer na Montanha para despertar uma transmontana de gema...
ResponderEliminarQuem é de Trás os Montes recorda e revê-se neste poema de fim de dia : as Trindades, a oração, a família, as vozes dos caminhos que facilmente identificamos, o canto dos passarinhos, o perfume das giestas e das urzes, o silêncio, o lusco- fusco, as estrelas...são ícones que marcaram o nosso passado, que foi passado...mas nunca ido!!! Continua a acalentar a nossa alma e a adoçar a saudade de quem teve o privilégio de nascer entre as fragas!!!
Obrigada, Modesto, pela singeleza deste filme, que é a minha joia da coroa!!!
A Quem poderei agradecer tão grande dádiva? Irmanados na mesma saudade e numa vivência que dá vida às nossas recordações, cuja memória nos leva àquele tempo de crianças em que subíamos os altaneiros montes para desfrutar de horizontas a que ansiávamos e, neles, víamos objectivos que se concretizaram ao longo de vida.
ResponderEliminarObrigado por me compreender, Raiana!