sábado, 30 de novembro de 2013

UM BELO OCASO



















Cai a tarde. O ar sereno não aquece!
Dilui-se na montanha o poente lindo!
Recolho-me em êxtase com uma prece,
Tremo porque fria geada vai caindo.

É distante a estrada e desce... desce...
Vou triste, pois desmaia o azul infindo!
A sombra da montanha, cada vez mais, cresce.
O horizonte apaga-se... Vai fugindo!

E a turba febril das horas agitadas,
Num êxodo estranho, vivendas fechadas,
Só no jardim soluça repuxo sonoro!

Foge, de todo, a luz ou se distancia,
O silêncio é maior... rua vazia!
Vem tristeza... a sombra aumenta... eu choro!

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...