sábado, 1 de março de 2014

NO RIBEIRO DE SANDE


















Pequeno bosque. Sol? Apenas s' insinua
Numa réstia d' ouro entre a ramagem!
À beira Douro, o nevoeiro flutua,
Numa gaze de luz, em suave paisagem!

Perfume de flores anda no ar, actua
Em nós, elanguesce os sentidos... aragem
Passa. Sente-s' a água, ouve-se a sua
Doce, suave voz, no meio da folhagem...

A água sonora e cristalina,
Aqui, p'lo ribeiro vai cantand' em surdina,
Ali, pequena cascata com luz ardente...

E mais além, numa ânsia pressurosa,
Vão prá mata, escura e silenciosa,
Os seixos do leito a rolar docemente!

Modesto




Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...