segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

TENHO PENA

















Tenho medo de perder a maravilha
Dos teus olhos - beleza, contentamento!
Eles de noite imprimem luz que brilha,
De dia, duas rosas e meu alento!

Pois tenho pena de ser, nesta ribeira,
Tronco sem ramos com tudo o que sinto:
É não ser folha nem flor à tua beira
E sofrer tanto por não ser jacinto!

Tenho oculto em ti o meu tesouro!
És minha dor molhada no rio Douro,
Da qual eu sou o único senhorio!

Não queria perder o que já ganhei:
Folhas do meu Outono que guardei
Com águas douradas do nosso rio!

Modesto



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