quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
PASSEIO NA FLORESTA
Manhã radiosa, límpida como esta
De céu azul e de sol tão brilhante!
Quem não ama a paz suave da floresta
Ao ouvir melódico gorjeio vibrante?
Sentir-se infiltrar na floresta bem lento,
É ouvir poemas d' amor em vozes calmas!
O arvoredo vibra às carícias do vento,
Como estranha fusão das coisas e almas!
Fruir do sossego e endémico remanso
Da boa natureza, da paz desejada,
É deixar-se conduzir por um sonho manso,
Apreciar o sol na neblina baixada!
Ouvir murmúrio alegre dum riacho
Correndo por um vale alpestre desnudo
A desaguar alegre num lago baixo
Muito azul, sob o céu pálido e mudo!
Ou usufruir duma protectora sombra
Longas horas, ver, em volta, tudo abstracto!
Ou estender-se sobre a fofa alfombra,
Onde canta com alegria um regato!
Modesto
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