segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A NUVEM
















Sob um céu azul, aparentando bonança,
Passa a nuvem clara em franjas de onda.
A vaga que dorme no mar e não estronda,
Não traz convulsões, mas uma tormenta mansa.

Bruma, sonho da terra, ergue-se, avança,
Procura, de forma fugaz, e s' esbarronda:
Aqui se rasga, ali cai ou s' arredonda...
Bóia que rebola ao vento e balança.

Sonhos, bruma secreta, anseios e dores,
Sobem-me da alma livres, espaço fora,
Na lenta indecisão de frescos amores...

Queria eu pairar na luz por um momento,
Ser  nuvem que arrasta teu olhar... Embora
Pudesse haver grande desmoronamento!

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

O SER INTERIOR

No ser interior, a face se revela, Mas o que me diz o íntimo Ser, quem diz? Um turbilhão de anseios, que congela A alma em busca de um sonha...