segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
A RAIZ DA MISÉRIA
Já não ouço a flauta dos pastores,
Que bem tocavam, mas estão cadentes,
Só vejo campos férteis sem sementes
E árvores velhas que nem dão flores!
Foi-se a agricultura, Senhores!
Acabaram os amores ardentes
Pelos campos que eram os docentes
Das crianças pelo amor aos labores...
Hoje, até o rouxinol suspira,
A boieira, na lavra, já não pára,
A vida, n' aldeia, já não é gira!
Que triste campo em manhã tão clara!
Colhia frutos, mas hoje nada vira,
Mais tristeza a terra me causara!
Modesto
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