quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PASSEANDO PELA SERRA

















Na íngreme serra de trilhos escarpados,
Vi a pastora qu'entrou no meu coração
A serpentear por rumos alcantilados...
No seu silêncio, senti grand'emoção.

E, nos pedregosos canteiros sobranceiros,
Eu vi sua face, apesar da neblina.
Seus olhos pareciam penhascos inteiros,
Deles caiu uma lágrima cristalina.

- Estás tão triste, menina, silenciosa,
Coroa da criação, alma primorosa,
De corpo bem feito, de olhos encantados!...

Deixa que te beije, ó boca saborosa,
Participe da tua beleza briosa!...
Pois, perto do Céu, seremos abençoados!

Modesto

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