segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O CAMPONÊS


















Como folha a cair no deserto,
Suas resistências vão caindo
Em gotas de suor, peito aberto
E um grito d' esperança sorrindo.

Rude labor d' enxada consumido,
Seu sangue dá sangue ao sonho certo,
Esp'rança do trabalho assumido
Na sede da semente que vem perto.

As amargas lembranças doutros anos
Aparecem com os seus desenganos...
Espera um ano bom e chuvoso.

O amor à terra não vai sem húmus,
As águas da manhã movem os rumos...
E deixa o seu campo generoso.

Modesto

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