sábado, 3 de setembro de 2016
SONETO PORTUGUÊS
Este nobre poema dum tão sóbrio traço
Que, em seus lapidares versos musicais,
Traduziu as queixas de Petrarca a Tasso
Que dum amor funesto recolheu seus ais.
E foi para Camões o virtual regaço,
Onde derramou os seus prantos imortais
E verteu. Foi proscrito dos salões do Paço,
Por olho cativo, e amores fatais.
Voz portuguesa a alma lusa encanta.
Bocage o consagra, Antero levanta!
Dantesco arrojo d' alta inspiração!
Graça e beleza da forma e conceito
Cantam a embalá-lo como berço feito
Para acalentar sonhos do coração.
Modesto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
LUZ DA NATUREZA
Luz que eu adoro, grande Luz que eu amo, Movimento vital da Natureza, Ensina-me os segredos da beleza E de todas as vozes por quem chamo. Mo...
-
Amar é desejar o sofrimento Sem um suspiro vão nem um gemido E contentar-se só de ter sofrido O mal mais doloroso e mais cruento. É sair des...
-
Esse Corpo, Senhor, nu, inerte mas com Norte Que 'inda transpira o perfume do unguento... Esse Rosto sereno e macilento Como um lírio de...
-
Dá-me, Senhor, a alma simples, pura Para Te amar e para Te servir; Que o meu olhar vestido de candura Na luz do sol Te possa descobrir. Dá-...
Sem comentários:
Enviar um comentário