terça-feira, 22 de novembro de 2016

MINHA ROSA DE CRIANÇA






















Cai o orvalho sobre a rosa do dia
Que se fecha. O jardim lembra um altar,
Onde s' espalha incenso de nostalgia
E os lírios fazem coro a cantar.

Cantam para mim com voz alegre e mansa,
Coisas doutrora, ond' a vida se perfuma,
Enquanto eu gemo nos confins da lembrança
Da saudade de um passado em perfume!

Adormeço como quando era criança
E vou sonhando qu' uma rosa me desperta
E que canta com a voz alegre e mansa
E eu já vejo a minha rosa aberta.

Lembra um velho recado que me dizia
Que não devia adormecer sem rezar.
Eu enchia meu coração de harmonia,
Desejo pueril de ser bom e cantar!

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...