sábado, 21 de março de 2015
RIO DOS SONHOS DOURADOS
Rio, levas, no fundo, areia ou lama,
A água corre em turbilhões... se retrata,
Dourando o céu ao crepúsculo em chama,
Como o pássaro que o voo arrebata.
Também te transformas em luzente prata,
Se do bosque em flor, a brisa embalsama,
Pelas sombras da noite a luz se desata
Em luar, com áurea finíssima trama.
Às vezes, em lago adormecido, mudo,
Vais vagaroso sem frémito de vida...
Ilusório e passageiro é tudo!
Levas, lá no fundo, ou lama ou areia.
Gente como eu, vê apenas reflectida
A alma que seus sonhos de ouro semeia!
Modesto
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