domingo, 12 de março de 2017

VOU VER O HORIZONTE




















Não sei dizer-te nem explicar, agora,
Porque me atrai o céu e me fascina.
Subindo, vou pelo infinito fora,
Com minha alma sempre peregrina.

Não sei dizer-te nem explicar, deveras,
Porque a solidão da serra m' arrasta:
Porque me enche de sonhos e quimeras,
Com horizonte e planície vasta.

Apenas sei que fico só e vazio,
Perdido em pensamentos, m´extasio,
Nesta beleza que me automatiza.

Àquilo que me cerca, fico alheio:
Subir, sonhar, voar... é o meu anseio,
Pra fugir do mundo que me brutaliza.

Modesto

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