terça-feira, 21 de março de 2017

VIVEMOS COMO CEGOS



















A fama, glória, poder, a nobreza,
Ciência, avareza... tudo quanto
Encerra, neste mundo, a vã grandeza
Em honras, distinções... de canto a canto.

A Pluto, deus cego e de vil baixeza,
Adoramos de joelhos como santo.
Ele pode ser rei, dono da riqueza,
Mas é um reino atroz e de espanto.

Da cadeira do seu trono, 'stão pendentes
Agentes que repartem às cegas gentes
Coroas, laudeus, brasões, até tiaras...

Cegos e com peças d' ouro reluzentes,
Tudo lhe oferecemos - torpes aras -
Pla honra, liberdade... e vidas caras!.

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...