terça-feira, 8 de outubro de 2013

O VOO DA FOLHA


















Uma folhinha perdida...
Ficamos a vê-la planar!
Quanta simplicidade, Querida,
Quanta beleza a desenhar!

Lembro-me do vento soprar,
Espalhando folhinhas p'lo ar...
Das tuas gargalhadas a soar,
Que foram capazes de me enfeitiçar!

A folhinha não parava de rodopiar,
Estava contente a dançar...
Ela sabia que me estava a enganar,
Sabia onde iria pousar!

Por segundos parava mal,
Por minutos voltava a voar...
Era tudo tão especial!
Não apetecia a vida apressar.

Era o momento de sentir a vida,
A pureza dos seus aromas,
A envolvência da emoção comovida,
O tremer dos corações sem normas!

E a folhinha acabou por pousar
Bem longe de onde se levantou!
Por fim, tudo iria acabar...
Mas a lembrança ficou!

Modesto 

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