quarta-feira, 16 de outubro de 2013
NUVENS
Nuvens que me consolais e entristeceis,
Sois como um génio de labor ingrato!
Essas arquiteturas que no céu teceis
São como montanhas de alto pico nato!
Eu nunca chego a ser assim um artista.
Da montanha trouxe o ímpeto insensato
Que me faz pensar que tenho arte e conquista
Mas o que faço, vendo sempr'ao desbarato!
Ó nuvens do céu, vinde brincar com o vento,
Trazei-me a essência do ar varrida,
Deixai-me ver o horizonte um momento!
No fatigante trabalho da minha lida,
Há miragens que me vêm ao pensamento
Que me dão força e afirmação da vida!
Modesto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ
Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...
-
Contigo, meu Senhor, a minha vida Tem um pouco de luz celestial, Contigo, os meus espinhos da partida São rosas perfumadas no final. Contig...
-
A Ti venho, Senhor, esperançado Em receber a Tua doce calma: Tenho o meu roseiral todo mudado Neste espinheiro que me fere a alma. Aceita, ...
-
Partida em noite de Janeiro frio Gelou-me o coração, gelou-me todo. "Novos Lírios de Maio" - último apodo Da nossa lira, mortos n...
Sem comentários:
Enviar um comentário