sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A TEIA DA ARANHA
























Passa e repassa e nunca se cansa,
Lá vai tecendo a sua frágil teia:
Prende os fios no mais alto qu' alcança,
Com toda a pressa, não erra, nem tacteia.

Acabada a urdidura - bela teia!
Vai percorrê-la toda sem tardança.
Num esplendor de seda que a rodeia,
Vai para o centro... aranha descansa.

Como fulvo topázio resplandece
Ao sol voluptuoso qu' ardent' incide
Na trama hexagonal do aracnide.

No sonho subtilíssimo qu'ela tece,
Parte prá luta, nela se emaranha...
Penso qu' é filósofa esta aranha!

Modesto

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