sexta-feira, 27 de setembro de 2013

NAS MARGENS DO DOURO




















Não esqueço a beleza, a poesia
Daquela beira rio, ao sol radiante,
Onde passei dias repletos d'alegria,
N'adolescência em flor e distante.

A menina, n'areia, ligeira corria.
Tinha passado a cheia, era vazante...
A safra da pesca ao sol, nos envolvia
Um ar puro, misterioso e fragrante.

O arvoredo verde-escuro nos ladeia.
A praia é fulva, o canavial ondeia.
A várzea, além, tem suave pendor...

Vejo, com alma fervente e hirtos músculos,
Incendiar no poente belos crepúsculos...
Baixa o luar, no céu, todo esplendor!

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...