sábado, 1 de abril de 2017

TRAGO TEU AMOR COMIGO

























Vida, caminho deserto ond' ando
Agreste, de sentimento amargo.
Vales e montes, inútil andando...
É em mim que o Teu amor eu trago!

Existência, não sei até quando...
Advirá das águas dum grande lago?
Lágrimas como num rio rolando,
Fonte infinita que eu afago!

Sob rochas quietas, todo o dia,
Oculto no meio da sombra fria,
Balbucio o Teu nome na dor!

A Tua luz, para mim, não é mito:
Chamo por Ti com o clamor dum grito,
Bordo que qu'ria qu' ouvisses, Senhor!

Modesto

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