sábado, 15 de novembro de 2014

UM DIA À BEIRA DOURO


















Nunca m' esquec' a beleza, a poesia
Da beira rio, verde, ao sol radiante!
Dias que passei repletos de alegria,
Na minh' adolescência em flor... distante!

O bonito rouxinol cantava, corria,
Como ia a cheia atroz, p'la vazante.
A safra da abelha lesta embebia
O ar a cheirar a mel puro e fragrante.

A encosta verde seu vulto delineia,
Praia fúlvida, ao sol, água ondeia,
O canavial, além, num belo pendor...

Contemplo d' alma inerte, lânguidos músculos,
Acender-s' o poente de rubros crepúsculos
E a baixar o luar todo esplendor!

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...