domingo, 11 de dezembro de 2016

PEREGRINOS À ESPERA

























Aplanamos caminhos com peito a arder
Numa ânsia profunda e dolorida,
Esperamos o Menino que vai nascer
Para podermos conquistar a outra vida.

Derrubar montes, aplanar vales... sofrer,
Ter a alma tão sozinha e tão perdida
Que se esforça, aspira ainda ver
O Profeta que nos chama par' a subida.

E caminhamos por estradas dos desertos,
Olhando par' o longe de braços abertos,
À espera que venha o Deus do amor.

E vai chegar esse dia tão desejado!
E já temos nosso coração despojado...
Humildes diremos: "Aqui me tens, Senhor!"

Modesto

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