domingo, 5 de janeiro de 2014
CHUVA E AVERSÃO
Sobe, vem do mar nas tardes em declínio,
Das planícies perdidas na saudade...
Vai até ao céu que é seu domínio,
Para cair e molhar a mocidade.
Goteja na horta e deixa-me triste,
Com anseios que s' alongam p'la aurora...
Os Políticos 'stão com cortes em riste
E a desilusão em minh'alma chora.
Quando os homens seus ganhos sufocar,
Pra todos terem leito pra se deitar,
Não há aversão nem chuva que sufoque.
A chuva continuará a cair,
O aconchego da casa fará rir,
E a satisfação virá a reboque.
Modesto
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