terça-feira, 31 de dezembro de 2013
CAI A NOITE
Ao cair da tarde, furta-cor sombria,
Nasce no alt' o luar qu' o céu escala,
Veludo róseo qu' enegrece o dia...
Um cão uivante, um corvo que cala.
Negra treva pavorosa me invade!
Vislumbro o medo que m' explora forte...
A alma poética canta covarde
O temor tredo de encarar a morte!
A noite avança e o que antes era
Uma aventura, desfez-s' em pavor,
Caminho agora, já sem primavera,
Nas entranhas de um vulgar tremor!
A idade vence o aventureiro moço,
Que anos antes lutava com ardor.
O poeta agora imerso num poço,
Treme, tem medo de matar o amor!
É o silêncio da noite chegando,
Que enche o meu coração de espinhos.
Depois dum dia inquietant' amando,
Arrasto amargor pelos meus caminhos!
Modesto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
SONETO NOSTÁLGICO, DOCE E MELANCÓLICO
No silêncio doce da lembrança, Ecoa um tempo que não volta mais, Sussurros suaves, pura esperança, Em versos tristes, sonhos tão banais. Põe...
-
Esse Corpo, Senhor, nu, inerte mas com Norte Que 'inda transpira o perfume do unguento... Esse Rosto sereno e macilento Como um lírio de...
-
Dá-me, Senhor, a alma simples, pura Para Te amar e para Te servir; Que o meu olhar vestido de candura Na luz do sol Te possa descobrir. Dá-...
-
Ó Luz que eu adoro, ó Luz que eu amo, Movimento vital da Natureza, Ensina-me os segredos da Beleza E de todas as vozes por quem chamo. Most...
.jpg)
Sem comentários:
Enviar um comentário