quarta-feira, 6 de abril de 2016

POEMA QUASE LÍRICO



















Farto de mim, meus versos têm andado.
Eles são feitos para que me entendam.
O objecto dos versos é extremado:
Faço votos para que me compreendam.

Sei que o lirismo tem que ser julgado,
Pra qu' os poemas em flor não s' arrependam,
Nem o amor-verso seja condenado,
Nem a paixão que os poemas desvendam.

As minhas mágoas o luar escuta,
A alma entra com o amor em luta...
Não sei porque lirismo traz tanta lida.

Meus poemas são escritos sem destino,
São pólen da flor ao vent' em desatino
E só o amor amor, dá sentido à vida.

Modesto

Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...