terça-feira, 19 de abril de 2016
NA FLORESTA
Quando entro na floresta negra-breu,
Ajoelho perante tanta beleza!
Por meio dos claros, olho par' o céu
E rezo, saudando a Natureza.
É como igreja, mas mais buliçosa,
Sem fumo de incenso e sem altar,
Mas dá-nos meditação silenciosa
E estende-se robusta pelo ar.
Os braços da "multidão" de mão dada
Abrem-se a implorar, ao sol, a vida.
A floresta sábia e preparada
É bálsamo d' alma à minha medida!
Aquelas folhas verdes e sussurrantes
Fazem preces - murmúrio mist'rioso!
Tudo reza com as folhas verdejantes,
Até o animal 'scondido, medroso!
Então, no meio dela, como criança,
Vejo a vida, lenta, a germinar.
É a Natureza que me dá esp'rança
Prá cada minuto crescer e sonhar.
Modesto
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