terça-feira, 12 de janeiro de 2016
CHUVA
Cai a chuva e nada fica leve.
Os campos enchem-se de água fria,
As aves calam seu canto leve,
No jardim, a flor fecha = fim do dia.
Por mim, tanto faz qu' a chuva esteja
Nos campos ou nas margens do jardim.
Gosto de sentir a brisa que beija
Meu rosto molhado e fiqu' em mim.
Quando cai a noite em seu trajecto,
Aparece sombra enluarada,
A chuva não cai, pra dar afecto
E a lua virá de madrugada.
Cai a aurora e vai-se a lua
E leva o meu sonho rotineiro.
Lá fico eu com minha alma nua,
Fria, sem o calor do travesseiro.
Cai a chuva e cai a minha vida
E, ao cair, deixa tanta saudade...
Não sou uma alma adormecida:
'Inda há uma terna claridade.
Modesto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ
Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...
-
Contigo, meu Senhor, a minha vida Tem um pouco de luz celestial, Contigo, os meus espinhos da partida São rosas perfumadas no final. Contig...
-
A Ti venho, Senhor, esperançado Em receber a Tua doce calma: Tenho o meu roseiral todo mudado Neste espinheiro que me fere a alma. Aceita, ...
-
Partida em noite de Janeiro frio Gelou-me o coração, gelou-me todo. "Novos Lírios de Maio" - último apodo Da nossa lira, mortos n...
Sem comentários:
Enviar um comentário