quarta-feira, 4 de maio de 2016

NO MEU QUINTAL



















Não gosto de caminhar pelas ruas,
Pois não vejo flores que lacrimejam,
Só flores despetaladas e nuas,
Longe daqueles sonhos que desejam.

Minhas mãos tiram ervas espinhentas,
Abrolhos donde vem o meu sustento.
Quintal árido, não me apascentas,
Inútil prosseguir... Porém, eu tento.

Eu hoje consegui fazer a lavra,
Mesmo com falsa luz que a tez grava,
Custando tatuados pesadelos.

De tanto pedregulho recolhido,
As farpas invadem meu sentido,
Com suores caindo sem desvelos.

Modesto

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