sexta-feira, 6 de maio de 2016
MAIO CINZENTO
Coroada de nuvens vem a aurora
Por detrás dos montes do oriente,
Vem com rosto de sono 'inda agora,
A meus olhos fantástica, indolente.
Enche os lados dos montes d' ornamento,
O dia vai ficar cinzento e duro.
Mas a aurora vem no seu momento,
O sol perece estar ao dependuro...
O sol a custo rompe, a cust' invade
Um espaço branco e com luz brilhante
Fulge através da força de vontade...
Vem refulgente com véu de diamante.
Fulge sem cobrir o cume das montanhas,
Com brilho nas folhas trémulas com neve.
Parece o inverno com suas manhas,
Já na primavera, seu curso escreve.
Pouc' a pouco dissipa-se no espaço.
As nuvens da manhã subiram os montes,
Vão cobrindo o céu de um negro baço,
Já não se vão vislumbrar os horizontes!
Modesto
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