sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

OUTRAS FLORES, OUTROS CLIMAS



















Na frágil tranquilidade
Dos gestos, tu me recordas
Uma lírica saudade
De teclados e cordas.

'Stá gravada no ouvido
A canção qu' ainda cantas.
Eu 'stou com canto 'squecido...
E já não temos gargantas!

Cantas árias conhecidas,
Não perturbes teu olhar:
Transfigura melodias,
Imagin' outro cantar!

Oh! Fontes que soluçais
Trovas n´´agua transparente,
Com graça vos transformais
Em calma de sol poente!

Um silêncio comovido
Passa por ti, mas sem ária.
Não ouves sons nos ouvidos:
Música? Antiquária...

Tens boca embevecida
Que chama o meu desejo:
Vida!... Dolente vida!
Um beijo!... Um grande beijo!

Modesto


Sem comentários:

Enviar um comentário

AO RITMO MONÓTOMO DA MÓ

 Pôs-se o sol. Já a Ísis, vestida De luz plena, estes montes prateia. E a ribeira que de água vai cheia, A embalar-me, abstrai-me da vida. P...