quarta-feira, 15 de abril de 2015

UMA NOVA PRIMAVERA





















Da minha flor, o perfume eu ansiava!
Pássaros já voam em grupos prateados!
Pelo céu, a luz empoeirada estava...
Tudo cintila esplendores irisados!

Da minha janela, a paisagem fulgura,
A casa, de repente, ficou clareada,
Encheu-se de luz! E ela ergueu-se pura!
No meu jardim, abriu a rosa encarnada!

Oh doce mel do meu tormento!
Ver-te, até o orvalho se surpreende,
O lírio abriu e a sua flor pende!

Um melro assobia e está atento:
Vê-te convalescente e pouco segura...
Mas a aurora vê-te bela e pura!

Modesto

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