
Tenho uma cabana na montanha
Onde vivo eu e mais uma aranha
E, no jardim, uma linda flor.
Lá mais além, num ribeiro, corre a água
Que me lembra uma triste mágoa:
Despedi-me lá do meu amor!
Ouço dos pássaros belos piados,
Que me transportam aos tempos passados,
Em que tudo era bom,
Lembrando aquela vida despreocupada,
Que torna mais longa e bela a madrugada...
Hoje, tudo se transforma em solidão!
Do Ribeirão eu ouço ruídos
Que recordam os tempos perdidos,
À procura dum tubarão!...
Brincadeiras de criança
Que nunca perde a esperança
E tem sempre imaginação.
Mas, nem tudo é tão sozinho!
Tenho ali um passarinho
Que me acompanha ao violão.
E nem tudo é tão deserto,
Pois ouço aqui bem perto
O barulho das águas do Ribeirão!
Modesto
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