
O céu é sempre o mesmo: As nossas almas
É que mudam, contemplando-o, é certo.
Algumas vezes está cheio de palmas,
Outras vezes é só como um deserto.
Quem sabe quando vêm as horas calmas?
Quem sabe se a ventura já vem perto?
Homem de carne fraca, em vão espalmas
As tuas asas para o céu aberto.
O que vemos é fugitiva imagem
Do que sentimos e do que longe vemos,
Sempre sofrendo e sob a vassalagem...
A vida é barco puxado a remos...
Cada um, da morte, é apenas pajem
E só somos felizes porque morremos.
Modesto