quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUANDO AS ROSAS MORREM

























Nos canteiros ornados de verdura,
Com gotas d' orvalho humedecidas,
Desabrocham as rosas à ventura
Cheias de viço e perfume ungidas.

Mas a vida das rosas pouco dura,
Míseras, em breve, enlanguescidas
Sob os raios de sol qu' além fulgura,
A fronte curva nas astes pendidas.

E vão largando as pétalas mimosas,
Os despojos finais das tristes rosas
Voam ao sopro dos ventos infestos.

De cor vermelha pelo chão tombados,
Com nossos corações despedaçados,
Fazem lembrar sanguinolentos restos.

Modesto



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