
No ar sossegado um cisne canta
E, um outro canta, num ar sombrio...
Bem pálida a Vénus se levanta
E vem ter comigo cheia de frio.
Um cisne canta lá no aquário,
Longe, entre névoas, aparece...
Há um cisne que canta solitário,
Canto que, de manhã, é uma prece!
Que frio! Embuçam-se as colinas,
Chora, correndo, a água no rio,
Vejo no céu aparecer neblinas...
Vai nevar, branquinha, com este frio...
Ninguém! Estrada ampla e silente,
Sem caminhantes, quase s'adormece...
Há um cisne que canta docemente
E canta, de manhã, a sua prece!
Modesto
Sem comentários:
Enviar um comentário