domingo, 27 de setembro de 2015

HUMILDADE

























Eu nasci para um destino manso,
Coisas silenciosas, imprecisas.
E fico bem nest' obscuro remanso
Onde só s' infiltra o ar das brisas.

Penso, tremo... que seria de mim
Se d' orgulho tomasse consciência?
Minha tristeza seria assim:
A vida iludiu-me na essência!

Mas a vida é alegre assim:
Humildade, doçura delicada,
Flor orvalhada num belo jardim
Sem uma ambição aureolada.

Sou a serena lâmpada velada,
Símbolo do meu sonho predilecto
Com a chama interior apagada,
Que prendo, cada manhã, ao tecto.

Só quero viver com amor e paz
E, na sombra, quero-me esconder.
Quero ser humilde... Que bem me faz!!
E o orgulho? Não o quero ter!

Modesto

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