domingo, 12 de fevereiro de 2017
VOO DOLORIDO
Sou pássaro ferido, voo lento,
Pois a vida partiu a minha asa.
E, mesmo assim, eu corto o vento
E vou voando, aos poucos, pra casa.
Voar mais alto, às vezes, eu tento,
Porém a força é curta e rasa.
Mesmo com a dor, um sonho invento.
Ai! Mas dói quando o sol me abrasa!
Um pássaro ferido, persistente,
Plana pelo céu e segue em frente,
Procurando sempre nova quimera.
Vou voando sempre num rumo certo,
Buscando um oásis no deserto:
O amor que cura e regenera!
Modesto
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