sábado, 17 de outubro de 2015

ECOLOGIA



















Onde o homem não chega, tudo é puro
Como a pureza da primeira infância,
Tudo é claro: aurora. dia 'scuro,
Tudo é medida, ritmo, concordância.

Hoje, já não há promessas de futuro
E até um vendaval é dissonância.
O homem não deixou de fazer o muro,
A Natureza aumentou a distância.

Com as suas mãos perjuras, de fel e sarro,
Este homem, com as suas mãos de barro,
Fez da Natureza seu gozo, prazer...

Mas, não é tarde pra sacudir a lama:
Ergue-t' ao alto, levant' a Deus a chama
E recomeça a tudo refazer.

Modesto

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