segunda-feira, 17 de agosto de 2015
PROCURO-TE, AMOR
Sabes que dormes nos ninhos das andorinhas
E lá ficas a dormir entre os meus dedos?
São umas pequenas coisas que são só minhas,
Onde crescem frutos doces e há segredos!
Talvez tu não conheças, mas isso existe
Naqueles bosques de folhagem permanente.
Quando lá vou e não t' encontro, fico triste,
Mas só de te ir procurar, fico contente!
E do meu grande amor, não sei se sabes
Sequer que se existe uma só demora
Fico a ouvir o canto das belas aves
Que ficam a cantar teu nome tod' a hora!
Talvez não compreendas, mas até o vento
Anda a espalhar, ao redor, meus recados,
Até vir o por do sol ao meu pensamento
Quando os dias são azuis e perfumados.
Oh meu grande amor, quem sabe se tu sabes
Que quero e tento construir uma casa,
Que é para nós, com a ajuda das aves:
Fazem ninho e m' apontam pra ti a asa!
Modesto
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